Segundo a dirigente sindical Ana Avoila, a Frente Comum "não aceita os argumentos do Governo" para insistir no aumento de 2,9 por cento nos salários tendo por base uma previsão de inflação de 2,5 por cento.
Por considerarem tratar-se de uma "proposta gravosa" e não aceitarem o argumento de que "não há dinheiro" para mais aumentos, esta estrutura decidiu convocar uma manifestação nacional, estimando uma "grande mobilização" por parte dos trabalhadores da Função Pública naquele dia.
"Desde 2006, os trabalhadores já perderam 5,1 por cento do seu poder de compra por via de falhas na previsão de inflação deste Governo", acusou a dirigente.
"Este Governo faz previsões de inflação que não correspondem e têm ultrapassado sempre muito as inflações que se têm verificado", sustentou ainda Ana Avoila, duvidando que a actual previsão para o próximo ano se concretize.
Ana Avoila falava no final de uma reunião da Frente Comum para discutir as aumentos salariais para 2009 na função pública, cuja negociação com o Governo se inicia a 6 de Novembro. / Lusa, 24/10/2008