Nacional
FENPROF solidária esteve com aqueles/as que manifestaram a sua indignação

Figueira da Foz desfilou contra o desrespeito e a violência sobre professores

20 de outubro, 2022

Foram centenas os docentes, trabalhadores não docentes das escolas, pais, mães e outras pessoas que se juntaram na Figueira da Foz e, juntos, desfilaram até à Câmara Municipal onde o presidente não se disponibilizou para receber os professores e a vereadora da Educação se limitou a receber uma delegação junto à porta do edifício no exterior.

Muitos dos presentes levavam cartazes feitos por si em que exigiam respeito e já junto à Câmara Municipal acenderam as lanternas dos seus telemóveis, permanecendo durante algum tempo em silêncio.

Dirigentes do SPRC e da FENPROF estiveram com aqueles que manifestavam indignação pelos atos de violência praticados sobre os professores e a sua solidadriedade para com a docente recentemente agredida no recinto de uma escola do concelho. Na saudação que dirigiu aos presentes, Mário Nogueira lamentou a forma como o executivo camarário não valorizou a ação, afirmando, ainda, que a estes atos de violência e desrespeito sobre docentes não é alheia a desvalorização e o desrespeito a que os profissionais são votados por quem deveria ter outra postura, a começar por quem ocupa cargos no poder, seja qual for a sua natureza. Referiu, como exemplo, a mensagem subliminar que o ministro da Educação tem feito passar ao insinuar, repetidamente, a existência de baixas fraudulentas que, alegadamente, obedecem a um padrão.

O SPRC reiterou disponibilidade para apoiar juridicamente a docente agredida, que trabalhava para uma empresa promotora de AEC com a qual a Câmara Municipal contratualizara aquele serviço. Segundo os presentes, nem todos os docentes que naquele concelho trabalham nas AEC têm contrato assinado e em relação aos contratos que foram assinados o gabinete jurídico do SPRC irá analisar o seu teor. É lamentável que os docentes em serviço nas AEC continuem a sujeitar-se a estas condições contratuais e de trabalho, tenham ainda menos condições de segurança do que os seus colegas colocados nas escolas e que a estas não sejam dadas condições para serem as promotoras das atividades de enriquecemento curricular.