Os professores estarão em greve amanhã, 12 de novembro, integrando-se na jornada de luta da Administração Pública, rejeitando a desvalorização que também tem vindo a ser imposta à sua profissão (e que está na origem da crescente falta de professores, por afastamento dos jovens) e o desinvestimento nos serviços públicos, desde logo na Escola Pública, que foi recentemente confirmado pelo Tribunal de Contas, entidade que referiu expressamente a insuficiência das políticas públicas nesta área.
Resolver os problemas que afetam a Educação e os seus profissionais, impunha, desde logo, que os governantes se dispusessem a dialogar e negociar soluções, o que, em particular na Educação, nunca aconteceu ao longo da atual legislatura e já, mesmo, na anterior. O ministro Tiago Brandão Rodrigues impôs um cerrado bloqueio negocial e os Orçamentos do Estado, ano após ano, foram passando ao lado dos problemas e ignorando, quase em absoluto, os professores, com expressão máxima na proposta de OE para 2022, chumbada pela Assembleia da República, relativamente à qual o governo revelou uma posição de intransigência negocial para considerar propostas importantes que lhe foram apresentadas.
Face à situação que se vive no setor, a greve de amanhã, 12 de novembro, é resposta adequada, prevendo-se que, por todo o país, as escolas estejam sem aulas, o que resultará da convergência da greve de docentes e trabalhadores não docentes.
No dia 12, pelas 11:30 horas, o Secretário-Geral da FENPROF, Mário Nogueira, fará uma declaração pública em que avaliará os efeitos da greve. Esta declaração será feita junto à EB 2.3 Marquesa de Alorna, em Lisboa (frente à Mesquita de Lisboa), estando presentes, para além dos dirigentes da FENPROF, o Coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, e a Secretária-Geral da CGTP, Isabel Camarinha.
Convidamos os/as Senhores/as Jornalistas a comparecerem no local.
O Secretariado Nacional da FENPROF
