A partir do próximo dia 2, em todo o país, primeiro dia útil de setembro e o primeiro do ano letivo 2013-2014, os Sindicatos da FENPROF estão organizados para acompanhar os muitos milhares de docentes desempregados, que, por não terem obtido um contrato para o novo ano letivo, se deslocarão aos centros de emprego, para requerer o pagamento do subsídio de desemprego.
A FENPROF e os seus Sindicatos aproveitarão a data para chamar a atenção da opinião pública para o drama social que os professores e as suas famílias viverão a partir de 1 de setembro, num quadro de brutal ataque ao emprego docente, em consequência das medidas impostas pela troika e pelo governo sobre o setor da educação.
MATERIAIS QUE SERÃO AFIXADOS E DISTRIBUÍDOS
- Cartaz/Outdoor
- Flyer/Volante para distribuição à população
- Documento para os docentes desempregados e contratados
Em comunicado emitido na tarde de ontem (28.08.2013) a FENPROF chamou a atenção para a mentira que a propaganda do governo tem feito passar, numa autêntica lavagem ao cérebro, fazendo com que muitas pessoas menos atentas, ou que se limitam a fazer análises superficiais para suportar as políticas de direita de CDS e PSD, venham assimilando a ideia de que o número de professores em funções no último ano letivo era superior às necessidades.
Tal afirmação é tão falsa quanto o aumento do desemprego decorre de medidas artificiais para provocar esta calamidade, como foram: a supressão de disciplinas, de áreas curriculares não disciplinares e do desdobramento de turmas; o aumento do número de alunos por turma; a fusão de escolas e de agrupamentos; o aumento do horário de trabalho verificado no ano transato com a atribuição de mais dois tempos letivos por professor; o encerramento de escolas e jardins de infância ou o desvio de turmas da escola pública para o lucrativo ensino privado.
A FENPROF considera criminosa esta situação, pois é executada à revelia do quadro constitucional e legal, ao mesmo tempo que põe em causa as condições de estudo dos alunos e de trabalho de dezenas de milhar de professores.
Por outro lado, ainda, a FENPROF fez um apelo veemente à mobilização da população em defesa das funções sociais do Estado, muito particularmente na área da Educação, sendo, por isso necessária a assunção deste combate como vital para o futuro de progresso de um país que regista, apesar das mudanças verificadas depois do 25 de Abril de 1974, das mais elevadas taxas de insucesso e de abandono escolar ou de interrupção dos estudos em níveis mais elevados da formação dos cidadãos, como se verifica no ensino secundário e superior.
Não há, por isso, professores a mais. HÁ ESCOLA A MENOS! E melhor escola só é possível se se pararem o cortes na Educação e se se investir no futuro das crianças e dos jovens portugueses.