Política Educativa Nacional
É intolerável a contínua desvalorização da profissão e o agravamento das condições de vida dos professores.

Inevitavelmente, este será um ano de ação e luta!

09 de setembro, 2022

Inicia-se esta semana um novo ano letivo. Os problemas que se abateram sobre os professores e as escolas no ano que passou foram transferidos para o que agora se inicia sem que houvesse qualquer alívio. Na verdade, as medidas com que ministério e governo quiseram disfarçar a falta de professores e as consequências da brutal inflação que se verifica, desgastando o poder de compra e o nível de vida, também dos professores, e degradando as suas condições de trabalho e de vida, não só se revelaram desajustadas, como são motivo de grande descontentamento dos docentes e, de uma forma geral, das comunidades educativas. Por muito que o ministro procure disfarçar, a realidade fala por si.

Face a esta situação, a FENPROF já decidiu promover as seguintes iniciativas e ações:

- Conferência de Imprensa, em 13 de setembro (amanhã), primeiro dia do ano letivo 2022-2023, pelas 10:30 horas, em Coimbra, junto à Escola Secundária Quinta das Flores;

- Plenário Nacional de Docentes Contratados e Desempregados, incluindo em serviço nas AEC, em 21 de setembro, pelas 17:00 horas;

- Plenários Regionais de Educadores e Professores sobre concursos e salários, em data a determinar, após a realização da reunião com o ME, ainda no mês de setembro;

- Plenário Nacional de Professores e Educadores, em concentração junto à Assembleia da República, em 4 de outubro, pelas 14:30 horas, no âmbito das iniciativas que assinalam o Dia Mundial do Professor;

- Marcação de reunião com Conselho Nacional da FENPROF para 20 e 21 de outubro, na qual será apreciada a proposta de Orçamento do Estado para 2023 e feito ponto de situação de processos negociais em curso, bem como convocadas ou confirmadas as formas de ação e luta que se considerem indispensáveis.

Em reuniões que se irão realizar nas escolas, a FENPROF e os seus sindicatos partirão para o esclarecimento, o debate e a mobilização para as ações e as lutas tidas por necessárias, não se excluindo o recurso à greve ainda no primeiro período. Não é aceitável e não passarão sem grande protesto e forte luta a cada vez maior desvalorização dos salários, a contínua desvalorização das carreiras, o arrastamento da precariedade, o agravamento das condições de aposentação, e de, uma forma geral, o desrespeito pelos professores e educadores, assim como, numa perspetiva mais global, a falta de investimento na Educação e na Escola Pública.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF