O Secretário-Geral da Juventude Socialista desrespeitou (16/11), de uma só vez, os professores e os estudantes.
Os professores, ao acusar a FENPROF de manipular os estudantes do ensino secundário. Os estudantes, ao acusá-los de, só por manipulação, serem capazes de contestar as aulas de substituição.
O Secretário-Geral da JS revelou, com a sua declaração, uma total ausência de dimensão política para o cargo que ocupa, de liderança de uma importante e respeitada juventude partidária. Este jovem líder começa mal a sua carreira de político, ao só conseguir ver fantasmas em situações que aconselhariam perspicácia política, designadamente para compreender as causas da contestação na Educação que residem nas políticas levadas a cabo por uma equipa ministerial e um Governo que atentam, quase diariamente, contra a Escola Pública e a sua qualidade.
Todavia, o jovem Secretário-Geral preferiu assumir o papel de guarda-costas de um patrão que lhe reserva o papel menos simpático e menos limpo. Não se augura, pois, grande futuro a este jovem político, mas exigir-se-á que peça desculpa ou prove as acusações que fez à FENPROF, a maior organização sindical de docentes, em que se revêem dezenas de milhar de professores e educadores das mais diversas origens ideológicas, políticas e partidárias e, como tal, respeitada e reconhecida socialmente.
A FENPROF, contudo, sabendo que o jovem não poderá provar tais acusações, garante, desde já, que não irá recorrer às instâncias judiciais, pois seria desadequado o recurso aos Tribunais para combater ou contestar este tipo de ignaras garotices.
O Secretariado Nacional da FENPROF
17/11/2006