Foi importante a ronda parlamentar que a FENPROF decidiu fazer. Reuniu com todos os grupos parlamentares e, a meio do processo, entregou uma Petição à Presidência da Assembleia da República, em que se reclama investimento e se rejeitam cortes na Educação.
Dos partidos chega o consenso no que respeita à prioridade que deverá ser dada à Educação; chegam, contudo, diferenças no que respeita às políticas a seguir e às medidas medidas a adotar. Nesta ronda deu para verificar que nenhum grupo parlamentar defendeu as chamadas medidas emblemáticas do atual MEC – mega-agrupamentos, revisão curricular, aumento dos alunos por turma ou mesmo as novas regras de organização do ano escolar. Distinguem-se, todavia, posições, quando se fala de alternativas. Há quem as apresente, concretas, há quem as critique mas tenha dificuldade em se distanciar delas e há quem se limite a afirmar que a situação que o país vive não permite outros caminhos.
Da parte da FENPROF está cumprida a obrigação, com a exposição das preocupações e a apresentação de alternativas. Entregue que está a Petição, que merecerá discussão em plenário, compete agora aos grupos parlamentares darem expressão, com iniciativas legislativas concretas, às afirmações, que repetem, sobre a importância que deverá ser dada à Educação, sendo aqui que começa a construção do futuro.
Nota anterior:
A FENPROF concluiu no passado dia 28 de junho, a “ronda parlamentar” que iniciou há cerca de duas semanas. Depois de ter reunido com PCP, BE, PSD e PS foi agora a vez de reunir com o CDS e o PEV levando a estes grupos parlamentares as mesmas preocupações: o emprego docente, as condições de trabalho e de aprendizagem nas escolas e o futuro da Escola Pública.
Muitas das medidas que o governo hoje procura impor são apenas mais do mesmo, mas em dose mais forte, como acontece com os mega-agrupamentos, a revisão da estrutura curricular ou o aumento do número de alunos por turma.
Fez parte desta “ronda parlamentar” a entrega, ontem, de uma Petição na Assembleia da República em que os subscritores responsabilizam os deputados e os grupos parlamentares que integram pela aprovação de medidas que garantam uma Educação de elevada qualidade e uma Escola Pública valorizada, sendo, esta, um relevante fator de justiça social.