Nacional
Comunicado de Imprensa do SPGL de 21 de Junho

Esmagadora maioria dos professores e educadores da área da DREL em greve pela defesa da carreira docente e contra as ilegalidades do Ministério da Educação

21 de junho, 2005

Os dados da greve de professores e educadores efectuada na Região de Lisboa eram, às 11.00 de hoje, 21 de Junho de 2005, inequívocos. Não funcionaram a maioria das escolas do 1º Ciclo nem jardins de infância. Na maioria das escolas 2,3 e secundárias a adesão é superior a 70%. Tal facto não impediu a realização dos exames do 12º ano marcados para hoje. De facto, mesmo em escolas com 90% de professores em greve, um escasso número de docentes, na generalidade dos casos não porque não estejam de acordo com a justeza das posições dos sindicatos, mas por incapacidade de reacção face às ameaças, viabilizou a realização dos exames, tendo estes em muitos casos decorrido sem as mínimas exigências de qualidade e segurança.

A muito alta percentagem de adesão verificada no 1º Ciclo e Educação Pré-Escolar - cerca de 80% - parece dever-se à especificidade destes sectores, simultaneamente muito prejudicados pelas medidas anunciadas pelo ME e menos pressionados pelo clima de intimidação criado

Perante esta elevada adesão dos professores e educadores, que não se intimidaram com o verdadeiro "terrorismo psicológico" instalado pelo ME, é firme convicção do SPGL que esta jornada de luta cimentou a unidade entre os docentes criando melhores condições para prosseguir a resistência às medidas contra os professores e contra a escola pública que o governo de Sócrates tenta impor.

O SPGL, como os restantes sindicatos da FENPROF, não desistirão de denunciar a ilegalidade das medidas tomadas pelo Ministério da Educação em torno da definição dos serviços mínimos, que corporizam um claríssimo exemplo de prepotência e abuso de poder. Nesse sentido, A FENPROF dará continuidade aos processos oportunamente apresentados nos tribunais.

A luta dos docentes vai continuar porque é seu dever patriótico garantir a qualidade da escola e a dignidade da profissão que exercem.

Alguns dados exemplificativos da adesão:

ES Gil Vicente - 86%

ES Pe Alberto Neto (Sintra) - 76,2%

ES António Arroio (Lisboa) - 33%

ES Lumiar nº 1 - 60,7%

ES Fonseca Benevides - 37,5%

ES Eça de Queirós - 33,3 %

ES Emídio Navarro (Almada) - 78%

ES Prof Ruy Luís Gomes (Laranjeiro) - 70%

ES Alfredo Reis Silveira (Seixal) - 47,4%

ES Anselmo de Andrade (Almada) - 61,7%

ES da Bela Vista (Setúbal) - 80%

EB 2,3 Michel Giacometti (Qta do Conde) - 66%

EB 2,3/S José Relvas (Alpiarça) - 94,3% (em 3 não funcionou uma sala de exames)

EB2,3 Patrício Prazeres (Lisboa) - 88,1%

EB2,3 Galopim de Carvalho (Queluz) - 62,5%

EB 2,3 da Terrugem (Sintra) - 33%

ES Santa Maria do Olival (Tomar) - 52%

ES Jácome Ratton (Tomar) - 31%

EB 2,3 Febo Moniz (Almeirim) - 60%

ES Marquesa de Alorna (Almeirim) - 39%

ES Ginestal Machado (Santarém) - 67%

Agrupamewnto de Escolas Abrantes Norte - 80%

EB 2,3 Santa Iria (Tomar) - 55%

Escolas Básicas 1 e Jardins de Infância encerrados - 196 (balanço provisório)