A redução de 5,5 por cento no orçamento das escolas básicas e secundárias para 2011 pode obrigar alguns estabelecimentos de ensino a cortarem nas visitas de estudo, admitem representantes da comunidade educativa.
O vice-presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) afirma que, nos últimos dez anos, o número de visitas de estudo realizadas pelas escolas tem vindo a diminuir. Segundo Joaquim Ribeiro, os cortes na educação determinados pelo Orçamento do Estado para 2011 deverão acentuar ainda mais essa tendência, visto que o transporte escolar dos alunos que pertencem aos escalões mais baixos do Serviço de Acção Social Escolar (SASE) é financiado, parcial ou totalmente, pelas escolas. "Se as escolas dispõem de poucas verbas, é muito difícil organizar visitas de estudo com cerca de 25 alunos que muitas vezes têm poucas posses", diz.
"Está a ser negada à escola pública a hipótese de melhorar", alerta Joaquim Ribeiro, acrescentando que os encargos para os encarregados de educação são cada vez maiores e que os mesmos se sentem "cada vez mais sós e desacompanhados".
(...) Na Escola Secundária de Oliveira do Douro, localizada em Gaia e dirigida pelo presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), o corte de 500 euros no orçamento já exigiu o cancelamento das visitas escolares agendadas para o resto do ano lectivo. Adalmiro da Fonseca considera que ainda é cedo para prever se a diminuição das verbas atribuídas pelo Ministério da Educação irá obrigar muitos estabelecimentos de ensino a recorrerem à mesma medida. No entanto, sublinha que as visitas de estudo são actividades com grande importância na aquisição de conteúdos e no desenvolvimento de competências, sobretudo em escolas do interior do país, onde são uma forma de os alunos conhecerem outras realidades.
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, não tem conhecimento de escolas que já tenham tido de cancelar visitas. Admite, no entanto, que a diminuição dos apoios do Estado às escolas básicas e secundárias tem provocado dificuldades financeiras. "A única solução é reduzir os custos de funcionamento, cortando em despesas com comunicações, fotocópias e serviços de limpeza." / Público, 16.02.2011, Daniela Adónis Carneiro
O vice-presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) afirma que, nos últimos dez anos, o número de visitas de estudo realizadas pelas escolas tem vindo a diminuir. Segundo Joaquim Ribeiro, os cortes na educação determinados pelo Orçamento do Estado para 2011 deverão acentuar ainda mais essa tendência, visto que o transporte escolar dos alunos que pertencem aos escalões mais baixos do Serviço de Acção Social Escolar (SASE) é financiado, parcial ou totalmente, pelas escolas. "Se as escolas dispõem de poucas verbas, é muito difícil organizar visitas de estudo com cerca de 25 alunos que muitas vezes têm poucas posses", diz.
"Está a ser negada à escola pública a hipótese de melhorar", alerta Joaquim Ribeiro, acrescentando que os encargos para os encarregados de educação são cada vez maiores e que os mesmos se sentem "cada vez mais sós e desacompanhados".
(...) Na Escola Secundária de Oliveira do Douro, localizada em Gaia e dirigida pelo presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), o corte de 500 euros no orçamento já exigiu o cancelamento das visitas escolares agendadas para o resto do ano lectivo. Adalmiro da Fonseca considera que ainda é cedo para prever se a diminuição das verbas atribuídas pelo Ministério da Educação irá obrigar muitos estabelecimentos de ensino a recorrerem à mesma medida. No entanto, sublinha que as visitas de estudo são actividades com grande importância na aquisição de conteúdos e no desenvolvimento de competências, sobretudo em escolas do interior do país, onde são uma forma de os alunos conhecerem outras realidades.
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, não tem conhecimento de escolas que já tenham tido de cancelar visitas. Admite, no entanto, que a diminuição dos apoios do Estado às escolas básicas e secundárias tem provocado dificuldades financeiras. "A única solução é reduzir os custos de funcionamento, cortando em despesas com comunicações, fotocópias e serviços de limpeza." / Público, 16.02.2011, Daniela Adónis Carneiro