As abordagens realizadas no segundo dia do 6.º Congresso da IE foram diversificadas, algumas de grande conteúdo, integradas no contexto global de defesa da Escola Pública, de promoção da qualidade da Educação e de democratização dos sistema educativos.
Não surpreendeu, por isso, que Ensino Superior ou Escola Inclusiva merecessem referências frequentes, sendo temas destacados. Relativamente ao Ensino Superior, para além da exigência de investimento e de qualidade, nomeadamente ao nível da formação de professores – não é possível um ensino básico e um ensino secundário de qualidade sem um ensino superior público de qualidade, afirmou, na abertura, o Ministro do Ensino Superior e Formação de África do Sul – quase todos os intervenientes defenderam a gratuitidade de frequência do Ensino Superior, ou seja, a não existência de propinas que, em muitos países, já atingem valores elevadíssimos, impedindo muitos jovens de o frequentarem.
Sobre Escola Inclusiva, o Congresso foi claro na necessidade de as escolas, cada vez mais, serem capazes e competentes para responderem às necessidades de todos os alunos. O próprio documento político aprovado pelo Congresso refere que “É da responsabilidade das autoridades públicas assegurarem que todos os cidadãos deverão ter acesso a uma educação de alta qualidade que corresponda às suas necessidades”. Um acesso que, acrescenta o documento, deverá alargar-se às oportunidades e incluir todos os níveis de ensino.”.
Para o Congresso”A educação inclusiva significa que todos os estudantes deverão ser instruídos juntos, com normas que sejam comuns, nas mesmas instituições educativas, independentemente das diferenças de género, das suas convicções religiosas, a sua origem étnica, a sua origem cultural ou económica e as suas capacidades físicas e intelectuais.”
A FENPROF, naturalmente, concorda e sublinha, pela sua importância, estas perspectivas.