Chegou ao fim o acampamento promovido pela FENPROF e que, de 10 a 13 de janeiro, reuniu dezenas de professores em protesto e exigência. Ao longo de quatro dias e três noites, houve música, poesia, debate, teatro e muita animação. Muitos professores de escolas da região de Lisboa também por ali passaram, solidarizando-se com a luta dos colegas.
No encerramento, o Secretário-geral da FENPROF lembrou que a luta dos professores não começou agora e que não vai parar enquanto o governo não trouxer soluções para as reuniões. Já a partir de segunda-feira tem início, em Lisboa, a greve por distritos que termina no Porto a 8 de fevereiro e culmina a 11 de fevereiro com a Manifestação Nacional em Defesa da Profissão Docente.
Mário Nogueira apelou, ainda, a que, no dia 20 de janeiro, os professores se concentrem novamente no ministério da Educação para ajudar a pressionar o governo durante a terceira reunião negocial do processo de revisão do regime de concursos.
Os professores receberam a solidariedade dos representantes de outros sindicatos que estão em convergência com a FENPROF nesta jornada de luta, das deputadas Joana Mortágua (BE) e Paula Santos (PCP), da CGTP-IN e da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FCSAP).
O coordenador da FCSAP, Sebastião Santana, declarou que os professores não estão sozinhos nesta luta consequente e deixou uma saudação à luta dos professores.
Também a CGTP-IN se solidarizou com a luta dos professores em defesa da escola pública.
Como lembrou Andrea Araújo, membro da Comissão Executiva, as exigências dos professores entroncam-se com as reivindicações dos trabalhadores em geral: a reposição do poder de compra e a melhoria das condições de trabalho. Tal como o ME tem feito com os professores, o governo também tarda em apresentar soluções para os problemas dos trabalhadores e, nesse sentido, a CGTP-IN convocou um Dia Nacional de Indignação, de Protesto e de Luta para o dia 9 de fevereiro e apela à participação de todos os trabalhadores.