Nacional
JN, 22/11/2006

"Em Outubro deste ano, os desempregados com um curso superior académico totalizavam as 49 400 inscrições (nos centros de emprego), um acréscimo de 5% face a igual mês do ano anterior"

24 de novembro, 2006

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego de todo o país desceu, em Outubro, pelo oitavo mês consecutivo, para 453 028 pedidos, menos 6,5% face ao mesmo mês de 2005 (484 730), revelou, ontem, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Porém, os dados, quando comparados com o mês anterior, Setembro, indicam que houve um acréscimo do desemprego em 1%.

A redução anual sentiu-se mais nos homens sem trabalho (menos 8,8%) do que nas mulheres (menos 4,9%). Foi entre os jovens, no entanto, que o volume de inscrições mais diminuiu (menos 13,2%).

O IEFP revela que entre os cidadãos que procuram um novo emprego - situação que abrange 91,7% dos inscritos nos centros de emprego - houve um decréscimo de 7,2%, face a Outubro do ano passado. Já relativamente à procura do primeiro emprego houve um aumento de inscrições nos centros de todo o país (2%).

Também em relação à permanência dos inscritos assistiu-se à diminuição do desemprego de curta duração (menos 5,4%) e no de longa duração (menos 8,2%)

País não quer licenciados

Os dados do IEFP apontam para menos desempregados do que há um ano em todos os níveis de habilitação escolar. A excepção, porém, continua a registar-se entre os cidadãos com habilitações superiores. Em Outubro deste ano, os desempregados com um curso superior académico totalizavam as 49 400 inscrições, um acréscimo de 5% face a igual mês do ano anterior.

Em termos regionais, o Norte continua a liderar as tabelas negras do desemprego, com 205 956 pessoas inscritas nos centros. Mas a comparação com o mês de Outubro de 2005 possibilita algum optimismo diminuiu em 6,8%. Lisboa e Vale do Tejo ocupa o segundo lugar da tabela, com 138 693 desempregados em Outubro deste ano, o que ainda assim equivale a uma diminuição homóloga de 8,3%.

O Alentejo foi de todas as regiões aquela que apresentou o maior decréscimo homólogo de desemprego (menos 16,7%), em contraste com as regiões autónomas, onde o desemprego aumentou 4% nos Açores e 15,8% na Madeira.

JN, 22/11/2006