É uma vergonha e um escândalo!
Vejam-se alguns dos dados em que o Ministério da Educação e Ciência se baseou para chegar a 1,5% de adesão à Greve Geral na Educação. Isto não é manipulação, é falta de vergonha e de respeito. Quem assim age, nunca será solução para tarefas tão exigentes e nobres como as que se colocam a quem intervém na Educação (dados divulgados pela DGAP relativos à Greve Geral):
• Básico e Secundário
Região Centro: 46.724 trabalhadores – 0% de adesão
Lisboa e Vale do Tejo: 47.474 – 0%
Norte: 74174 – 0%
Alentejo: 16774 – 0%
Algarve: 9691 – 0%
DREC: 1923 trabalhadores – 7 aderiram
• Universidade de Coimbra – 0%
Uma vergonha destas nem merece comentário, apenas repúdio!
Para quê este comportamento do MEC? Tão simples como isto: no dia seguinte, o ministro Nuno Crato veio afirmar publicamente que os professores estavam compreensivos e de acordo com medidas previstas para a Educação, que são, entre outras, redução salarial, roubo dos subsídios, mexidas curriculares para provocar desemprego, mega-agrupamentos e encerramento de escolas do 1.º Ciclo, aumento do número de alunos por turma, instabilidade e precariedade, cortes cegos nos orçamentos das escolas, entre outras...
Os professores estão de acordo com essas medidas? Claro que não!
Porque os professores não trocam a sua dignidade profissional e a defesa da escola pública pelos elogios de um qualquer ministro... nunca o fizeram!
Porque estamos conscientes da necessidade de continuarmos a lutar, tal como afirmámos na Greve Geral: A luta continua nas escolas e na rua!