O desemprego de longa duração aumentou 57 por cento no quarto trimestre de 2004, face ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No mesmo trimestre de 2003, estavam desempregados há 25 ou mais meses 61.800 indivíduos.
Com um tempo de espera entre os 12 e os 24 meses estavam 85.400 desempregados, mais 2,9 por cento que nos últimos três meses de 2003.
Estes valores são menos acentuados quando comparados com o trimestre anterior, tendo o número de desempregados à espera de emprego há 25 e mais meses aumentado três por cento, de 94 mil para 97 mil indivíduos.
Por seu turno, o tempo de duração do desemprego entre os 12 e os 24 meses registou uma variação negativa de 0,2 por cento ao passar dos 85.600, no terceiro trimestre, para os 85.400 desempregados, no quarto trimestre.
Apesar do elevado aumento do desemprego de longa duração, é no desemprego de curta duração que se concentra a maior parte dos indivíduos sem emprego, ou seja, 132.600 desempregados no quarto trimestre de 2004, de um universo total de 388.600 desempregados.
O número de desempregados à procura de emprego entre um e seis meses registou um aumento homólogo de 1,6 por cento, um valor muito diferente quando comparado com o trimestre anterior, onde a variação foi de 31 por cento, passando de 101.200 para 132.600 desempregados.
O Instituto Nacional de Estatística revela ainda que 122.100 desempregados não recebiam subsídio de desemprego no quarto trimestre de 2004, contra os 105.200 que não recebiam aquela prestação social no último trimestre de 2003.
Pelo contrário, 137 mil desempregados recebiam subsídio de desemprego no quatro trimestre de 2004.
Os valores do subsídio de desemprego referem-se aos desempregados à procura de novo emprego que se declaram inscritos num centro de emprego.
Lusa, 21/02/2005