Há coisas extraordinárias. Não basta o descalabro da reforma legislativa em realização na Educação. Já era insuportável o desprezo com que responsáveis políticos do governo e do ministério da educação se referiam aos professores. Já era inqualificável a sobranceria com que a ministra e seus adjuntos olhavam sobre as escolas e os seus órgãos, pensando conseguir instrumentalizá-los.
Agora os membros do Governo adoptaram outro comportamento. Eticamente, ainda mais reprovável. Politicamente, ainda mais condenável. Tecnicamente, ainda mais irresponsável.
Agora, como se viu, hoje, pela intervenção de Jorge Pedreira, sobre as críticas que são dirigidas pelo país à Avaliação do Desempenho que magicou para os Professores, na RTP N e na Antena Aberta da 1, os responsáveis políticos escondem-se.
Fogem do debate frontal e aberto. E falam sempre por último?
Preferem aguardar nos bastidores para vestirem a pele de comentadores dos dirigentes sindicais, nos minutos seguintes. Mas frente-a-frente? não!
Preferem combinar com a produção não estar no mesmo espaço e do outro lado da mesa, para poderem falar depois, normalmente mentindo!
Um hábito que se vai instalando na 5 de Outubro e provavelmente noutros ministérios.
Mas, afinal, de que fogem ministros(a) e secretários de estado! Hum?!
Da realidade? Da opinião pública? Do medo de se revelarem?
Luís Lobo
Coordenador do Departamento de Informação e Comunicação