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DIA DE LUTA NACIONAL DOS JOVENS TRABALHADORES

Combater a Precariedade:É justo e necessário vincular os professores contratados!

29 de março, 2021

A FENPROF e os seus sindicatos participaram nas manifestações de Lisboa e Porto que, no dia 25 de março, assinalaram o Dia Nacional da Juventude. A jornada de luta em que convergiram múltiplos setores foi promovido pela Interjovem, organização que integra a CGTP-IN.

Sendo ali tema fundamental, era importante que o problema da precariedade laboral que massacra milhares de professores não fosse esquecido nas duas ações. Junto de outros trabalhadores e perante a sociedade em geral é justo e necessário denunciar o que sucede com a profissão docente que apresenta altos níveis de precariedade, em muitos casos prolongando-se anos a fio, mesmo décadas. É preciso alargar a consciência do que acontece a milhares de docentes e suas famílias e contrariar a ideia de que a instabilidade é uma condição própria da profissão e não o resultado de opções políticas que urge corrigir.

No dia 25, a denúncia pública foi assegurada, fundamentalmente, por dirigentes sindicais que integraram os desfiles com faixas em que se reclamava a vinculação dos professores contratados. Importa, no entanto, estarmos cientes de que passar da denúncia à efetiva pressão para a vinculação dos docentes requer o envolvimento dos diretamente visados, os/as colegas “precários/as”. Os processos de luta, para serem impactantes, não se fazem por mera “delegação”.

Denunciar a precariedade dos professores sempre que possível, lutar contra ela em todas as oportunidades, têm de ser ideias assumidas pelos/as mais diretamente implicados/as e prejudicados/as. E um próximo e imperdível momento para isso vai ser já a Ação Nacional de Luta convocada pela FENPROF para dia 17 de abril. Sendo a precariedade um dos maiores problemas da profissão, os/as colegas “precários/as” não podem ficar de fora da luta!

Na Resolução aprovada no Dia de Luta dos Jovens Trabalhadores exige-se o “fim da precariedade – para que a um posto de trabalho permanente corresponda um trabalhador com vínculo efetivo”. É por isto que lutamos também na profissão docente; é para isto que é insubstituível a participação dos/as colegas “precários/as” no próximo dia 17!

Não ir à luta é, na prática, pactuar com a perpetuação dos problemas.