Centro de Formação José Salvado Sampaio

Ciclo de Debates 2021

20 de janeiro, 2021
Curso de Formação Certificado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua de Professores (CCPFC) - Registo nº CCPFC/ACC-111208/21

Sobre o Ciclo de Debates 2021

A FENPROF decidiu organizar um conjunto de oito debates que constituiu um Ciclo de Debates com diversos temas, atuais e de necessária discussão entre os docentes (democracia nas escolas, municipalização da educação, acesso ao ensino superior, rejuvenescimento e aposentação da classe docente, inclusão, novas experiências pedagógicas, bullying, língua portuguesa). Um Ciclo de Debates com periodicidade quinzenal de 27 de janeiro a 5 de maio, envolvendo os 7 Sindicatos que constituem a FENPROF (SPN, SPRC, SPGL, SPZS, SPM, SPRA, SPE), 8 moderadores e 22 oradores.

Num ano de pandemia, utilizaram-se os meios tecnológicos para permitir a participação de todos os sócios dos Sindicatos da FENPROF, independentemente do local, região ou país em que se encontrassem.

A média dos inscritos foi de 910, o que nos obrigou a encerrar as inscrições pouco tempo depois da divulgação destes debates. A avaliação dos debates foi muito positiva, sempre acima dos 90%, sendo superior a 95% em metade dos debates.

Os participantes propuseram, para próximos debates, temas como: curricula, exames e escola; mediadores de conflitos entre escola e famílias; história do sindicalismo e luta sindical no século XXI. Com base nos 8 debates promovidos pela FENPROF, o Centro de Formação José Salvado Sampaio certificou, junto do Conselho Científico Pedagógico da Formação Contínua (CCPFC), um curso de formação de 28 horas para a componente geral da Avaliação do Desempenhos dos docentes.  432 docentes solicitaram esta certificação.

Ações Agendadas

Licínio Lima

Docente da Universidade do Minho

“Diretores escolares em ação: concentração de poderes, autonomia operacional e erosão democrática”- Análise do modo de atuação dos diretores, de como se autorrepresentam, mas também dos contextos concretos onde atuam e das relações de poder que se estabelecem nas organizações escolares. As contradições, as falácias e as ambiguidades que caracterizam o atual regime de autonomia e gestão das escolas.”

Representantes dos três partidos que têm iniciativas legislativas nesta área,
Alexandra Vieira

BE

Ana Mesquita

PCP

Bebiana Cunha

PAN

Manuela Mendonça

FENPROF

Bártolo Paiva Campos

Conselho Nacional de Educação

Se, porventura, a actual política de transferência de competências para as autarquias constituir uma primeira etapa da atribuição às mesmas da responsabilidade da criação e gestão de toda a oferta pública de educação nas escolas, recomenda o CNE que se analise o caminho inverso que está a ser seguido por políticas de municipalização da oferta escolar em outros países.

Carlos Pinto Sá

Presidente da Câmara Municipal de Évora

Governo pretende transferir encargos, também na área da educação, para os Municípios sacudindo para estes, as responsabilidades que não quer cumprir quanto ao investimento necessário na educação. Investir na Escola Pública de qualidade e cumprir a Constituição é o que se exige e é o necessário ao desenvolvimento equilibrado do País.

Heleno Araújo Filho

Presidente da CNTE/Brasil

A transferência de responsabilidade foi marcada pela improvisação e generalização, provocando muitas tensões. De fato a municipalização não foi a solução para a educação básica pública brasileira.

Manuel Pereira

Presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares

Vamos ter necessariamente, e isso já é notório, a educação a várias velocidades, sujeita à sensibilidade de autarcas ou técnicos dos Municípios…, dependendo dos recursos financeiros ou, então, podendo depender de calendários e/ou prioridades que não serão, decididamente as da Educação.

Francisco Almeida

FENPROF

Manuela Esteves

Docente do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

A igualdade real de oportunidades de acesso, se bem que tenha progredido muito desde o 25 de abril, continua a ser contrariada por fatores de ordem socioeconómica e cultural que importa superar. Por outro lado, é também forçoso colocar, atualmente, a par, a questão do acesso dos jovens a questão do acesso dos adultos.

Cristina Roldão

Investigadora no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia/IUL

Democratizar, Descolonizar, Desenvolver, eram os três D da revolução. Em parte, nortearam as políticas do Pós-25 de Abril que procuraram superar as desigualdades sociais que a escola do Estado Novo havia ativamente cavado. De lá para cá, as políticas de promoção da igualdade na educação que se puseram em marcha, tenderam a deixar de fora do debate sobre a democratização escolar a dimensão étnico-racial e o racismo.

Susana Cruz Martins

ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa

A análise da diversificação social dos estudantes que acedem ao ensino superior será construída na relação com as políticas que, entretanto, foram sendo concebidas e implementadas para a sua promoção, num processo mais vasto de democratização do sistema educativo.

André Carmo

FENPROF

Eugénio Rosa

Economista

A redução da despesa pública com a Educação em Portugal, a escolaridade insuficiente da população empregada e, a dupla penalização a que continuam a sofrer as pensões.

Júlio Machado Vaz

Psiquiatra

A pandemia veio confirmar o que já sabíamos – o estado psicológico influi poderosamente no desempenho profissional de todos nós. Talvez o exemplo mais falado seja o do burnout, mas fenómenos como o absentismo e o presentismo merecem ser analisados, bem assim como as consequências do aumento exponencial do teletrabalho. Parece-me assim proveitoso que dialoguemos acerca deles.

Carlos Silva Santos

Médico de Saúde Pública

As relações, trabalho, saúde e doença ao longo da vida de professor. A capacidade de trabalho em contextos de novas exigências científicas e tecnológicas. Envelhecimento, saúde e trabalho.

Manuel Nobre

FENPROF

Joaquim Colôa

Docente de Educação Especial

A educação inclusiva reconhecida no direito internacional como um direito humano, (re)afirma as sociedades democráticas atuais. De forma natural configura-se como um valor globalmente aceite, não negociável. A sua natureza realiza-se pela responsabilidade social.

Laborinho Lúcio

Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça

Sentido e valor do Compromisso. As dimensões pessoal, social e relacional do Compromisso. O combate à “globalização da indiferença”. A Educação e a Escola: um olhar comprometido voltado para “a humanidade como comunidade de destino”.

Ana Simões

FENPROF

Francisco Simões

Docente e Escultor. Prémio Lusofonia 2018

Como sair deste círculo vicioso é a pergunta que se impõe. E se, em lugar de nos projetarmos constantemente para um futuro que desconhecemos e que, neste último ano, nos mostrou claramente a sua imprevisibilidade, olhássemos para o passado e tentássemos encontrar nele alguns pontos de referência para a nossa atuação no presente?

Luísa Paixão

FENPROF

Piedade Lalanda

Professora da Universidade dos Açores

O reporte de práticas de bullying nas escolas, por parte de professores, assistentes operacionais e alunos; o silêncio das vítimas, o impacto que os comportamentos de ameaça, aliados ao exercício do poder violento e à agressão, têm no desenvolvimento de relações saudáveis entre pares, na afirmação de uma cidadania responsável em meio escolar e as consequências que representam no processo de construção de identidades adultas, baseadas no respeito pelo outro.

César Soares

Psicólogo Escolar na Escola Básica Integrada de Ribeira Grande

O Bullying apresenta importantes repercussões negativas, a nível do desenvolvimento infantil, sucesso escolar, autoestima, saúde mental e personalidade da vida adulta. Se antes da pandemia o acesso excessivo à internet estava já relacionado com a prevalência do cyberbullying, o fenómeno pode intensificar-se nesta fase de isolamento.

António Lucas

FENPROF

Maria José Grosso

Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

O ensino português no estrangeiro, ponte estratégico-política com as comunidades portuguesas ,países de língua oficial portuguesa e comunidades de falantes de outras línguas. é uma realidade complexa, polissémica resultante de mudanças económicas, educativas, sociais e outras e naturalmente em mudança. Há mais de uma década que foi instituído o regime jurídico de ensino português no estrangeiro ( Decreto -Lei n.º 165/2006, de 11 de agosto alterado pelo Decreto- Lei n.º 234/2012, de 30 de outubro), alunos e professores mudaram, têm novas expectativas, novas representações, neste contexto, surge , como reflexão, para o ensino português no estrangeiro, uma pergunta proposta pelo Quadro Europeu (QECR): “De que modo pode a aprendizagem de línguas melhor contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e cultural como cidadãos responsáveis numa sociedade democrática e pluralista?”.

José Pascoal

Professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Qual é o papel do EPE na construção de uma educação pluri e multilingue no contexto europeu?
Por que razão deve o QuaREPE ser entendido como um documento que liga as várias abordagens que governam o ensino, a aprendizagem e a avaliação do português?
De que forma devem ser conciliados com o QuaREPE as orientações reguladoras do EPE posteriores à sua publicação?
Que investigação realizar para melhor adequar esta modalidade de educação portuguesa às realidades linguísticas do EPE?
Que materiais para o ensino e a avaliação e de que forma devem ser produzidos?
Que certificação para o EPE?

Jose Cesário

Ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas; Deputado do PSD à Assembleia da República

João Laurentino Pinho Neves

Conselho Diretivo do Instituto Camões, IP

Joana Marmelo

FENPROF

Ficha de Inscrição

As inscrições encontram-se encerradas.

Cartaz

Vídeos para consulta

| Democracia nas Escolas (27.01.2021)

| Municipalização não é solução! – Quatro olhares sobre transferência de competências para os municípios (10.02.2021)

| O acesso ao Ensino Superior (24.02.2021)

| Rejuvenescer a profissão dignificando a aposentação (10.03.2021)

| Inclusão, Direitos Humanos e Cidadania (24.03.2021)

| Novas experiências pedagógicas para os alunos do Sec. XXI (07.04.2021)

| Bullying: Ameaça, poder e violência entre pares (21.04.2021)

| Política de divulgação da Língua Portuguesa/Português, Língua de herança/estrangeira ou Língua Portuguesa não materna (05.05.2021)