Internacional

CGTP-IN CONDENA VIOLENTA AGRESSÃO DAS FORÇAS MARROQUINAS CONTRA O ACAMPAMENTO SARAUÍ DE GDEIM IZIK

08 de novembro, 2010

As forças de ocupação marroquinas atacaram hoje brutalmente, com o massivo uso de forças militares, o acampamento onde, há vários dias, mais de 20.000 cidadãos sarauís se reuniam para protestar contra a ocupação marroquina, a sistemática violação de direitos humanos e para exigir o fim da repressão das forças ocupantes e a aceitação, por parte do Reino de Marrocos, de um referendo de autodeterminação, de acordo com as resoluções das Nações Unidas.

Há já notícias de este brutal ataque ter causado muitos mortos e feridos, de entre eles vários idosos, mulheres e crianças. Para além das mortes e dos ferimentos provocados, as forças armadas de Marrocos, queimaram as tendas e lançaram mesmo gás lacrimogéneo e água quente a partir de helicópteros sobre a população indefesa.

A CGTP-IN manifesta a sua mais veemente condenação destes brutais actos do governo marroquino que violam a legalidade internacional, as resoluções da ONU e o próprio cessar-fogo assinado em 1991 por Marrocos e pela Frente Polisário, e exige o fim imediato desta vil e inadmissível intervenção marroquina.

A CGTP-IN exige que o governo português condene de forma inequívoca esta actuação e que a União Europeia sancione o governo de Marrocos, designadamente através da suspensão imediata do Acordo de Associação UE/Marrocos.

A CGTP-IN exige ainda a urgente intervenção da Missão das Nações Unidas no Sara Ocidental (MINURSO), de forma a pôr termo à brutal intervenção marroquina e a garantir a segurança e os direitos do povo sarauí.

Finalmente, a CGTP-IN apela aos trabalhadores e à população em geral para que participem em acções de protesto e de solidariedade para com a justa luta dos trabalhadores e do povo sarauí, designadamente na Sessão Pública que se realiza no próximo dia 10 de Novembro, quarta-feira, pelas 18H30, na Reitoria da Universidade de Lisboa, com a participação de Aminettou Haidar, activista sarauí dos direitos humanos.

CGTP-IN
Lisboa, 08.11.2010