No início de mais um ano lectivo as escolas agitam-se com mais e mais novidades, neste Set/Out. de 2008. Acrescem a estas novidades as imposições do ME sobre o Novo Regime de Autonomia e Gestão das Escolas e o novo Modelo de Avaliação dos docentes. Mas, as escolas lutam para que as imposições do ME não asfixiem a relação pedagógica e a defesa da democracia.
Neste ano lectivo, na sequência daquilo que foi um trabalho importante em onze escolas do País, na área da Igualdade de Género, vai ser feita formação para professores sobre esta temática e irá ser desenvolvido o Projecto Agir para a Igualdade. As escolas que no ano passado desenvolveram este projecto vão dar-lhe continuidade neste ano lectivo e alguns conselhos pedagógicos aprovaram por três anos o aprofundamento desta temática nos seus projectos Educativos, como vai acontecer, por exemplo no Agrupamento Vertical de Escolas de Ferreira do Alentejo.
Agir para a Igualdade no Alentejo
A Escola sede, deste agrupamento no ano lectivo de 2007/2008 foi convidada pela Fenprof (através do SPZS) para desenvolver o Projecto Agir para a Igualdade.
Perante a temática e os objectivos do projecto, foi levada, à reunião do conselho pedagógico a 16 de Maio de 2007, uma proposta de "acção" na Escola que foi aprovada.
Foi em Novembro de 2007 que um grupo de 19 professoras e 2 professores fizeram, nesta Escola, um curso de Formação de Professoras/Educadores "Igualdade entre Mulheres e Homens, Intervir para a Igualdade entre Mulheres e Homens no trabalho e na vida".
Ainda no 1º período foi elaborado e aprovado o projecto da escola (Novembro) que no imediato passou a ser desenvolvido em 11 turmas, 11 disciplinas e a partir do 6º até ao 11º ano.
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Anos |
Turmas |
Disciplinas |
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6º |
A |
Formação Cívica |
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B |
Formação Cívica |
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7º |
A |
Área de Projecto |
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B |
Área de Projecto |
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8º |
A |
Expressão Dramática |
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9º |
A |
Área de Projecto |
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B |
Formação Cívica |
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C.E.F |
Cozinha |
Inglês |
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10º |
A |
Filosofia |
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B |
Inglês |
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11º |
A |
Francês |
A realidade local em que a escola se insere espelha os desequilíbrios de género o que levou à reflexão com as crianças/jovens, para que enquanto cidadãos/cidadãs devidamente esclarecidos/as e fomentadores/as de valores e atitudes, possam participar e criar uma sociedade mais justa no respeito pelo ser humano no pleno das suas capacidades e características individuais e únicas.
A actividade impulsionadora da implementação do projecto foi a realização de um questionário, por amostragem, sobre questões da partilha das tarefas domésticas, educativas e familiares que foi passado à comunidade local pelos jovens envolvidos e cujos resultados foram divulgados através da Rádio Singa rádio local) ? Estava, assim, aberta a possibilidade de toda a comunidade participar e reflectir sobre a temática com um enfoque particular na Escola.
Foram várias as actividades desenvolvidas em diferentes disciplinas e em muitas turmas o que permitiu abordagens multidisciplinares e a execução de variados trabalhos desde textos para bandas desenhadas e peças de teatro, execução de anúncios publicitários, realização de Power Point's, materiais para vivenciar o Dia Internacional da Mulher (marcadores de livro), construção de cenários e adereços, entre outros.
As actividades referidas possibilitaram, que no dia 24 de Junho, fosse feita a apresentação dos produtos finais no Centro Cultural da Vila de Ferreira do Alentejo com alunos, professores,
comunidade educativa e participação de mais de duas centenas de pessoas. As motivações para os trabalhos foram muitas e passaram por análise e discussão doas matérias da maleta pedagógica
realizada na fase anterior do EQUAL (Projecto de intervenção comunitária que se desenvolve em Portugal desde 2001, em que se integra o "Agir para a Igualdade").
Os produtos expostos, quando terminou a exposição no Centro Cultural, passaram para a escola para um espaço com visibilidade.
O desenvolvimento do Projecto foi alvo de Avaliação Externa cujos avaliadores se deslocaram à Escola em dois momentos distintos, no início e perto do fim do desenvolvimento das actividades.
Ministério da Educação não se envolve
Cabe aqui, ainda, dizer que o ME não quis ser parceiro no projecto que envolveu uma parceria entre a CGTP-IN, a FENPROF, o INOVINTER, a CIT e as Secretarias Regionais de Educação da Madeira e dos Açores. A Escola cedeu, do seu crédito, 2 horas semanais para a coordenadora, e todas as horas e tempos foram retirados à componente individual dos professores. Os executivos, os professores, funcionários e alunos estão de Parabéns, mesmo sem o apoio do ME "Agiram para a Mudança". No futuro, que já começou ontem, a palavra de ordem é Agir para a Igualdade.
Lourdes Hespanhol
Agir para a Igualdade na Madeira
- Na Ilha da Madeira, as professoras e professores envolvidos no Projecto EQUAL ? ?Agir para a Igualdade?, numa co-responsabilização do Sindicato de Professores da Madeira e a Parceria da Secretaria Regional de Educação e Cultura, estão a desenvolver ao longo do ano lectivo, um conjunto de iniciativas e actividades
- O campo privilegiado de acção tem sido: a formação de docentes, Área de Projecto, Educação Visual, História, Formação Cívica, Serviço de Psicologia e Orientação, Clube de Dança e Teatro. As efemérides também têm sido tempos privilegiados de iniciativas diversas, debates, encenações, publicações, dinâmicas, jogos interactivos e exposições. O público-alvo tem sido os/as aluno/as do 3º Ciclo tal como os intervenientes da Comunidade Escolar. Os temas que estão a ser trabalhados circunscrevem-se à violência doméstica; divisão de tarefas domésticas; orientação sexual; condição da mulher no Mundo e na História; tráfico sexual; bulimia e anorexia; o namoro; desportos; a moda das raparigas e dos rapazes; profissões; brinquedos dos meninos e das meninas; mulheres e homens no poder; tráfico sexual e prostituição; o corpo feminino e o masculino e a igualdade de oportunidades no trabalho e na vida. Para além dos recursos utilizados da Maleta Pedagógica do Projecto outros têm sido adquiridos, construídos e adaptados às faixas etárias destas Escolas. No geral as experiências tem sido muito positivas, gratificantes e sentidas como necessárias.
Laíz Vierira