O reitor da Universidade da Madeira (UMa) afirmou, recentemente, que este estabelecimento de ensino superior definiu como «o mais ambicioso» dos seus objectivos «o desafio da internacionalização», o qual pretende realizar «usando o que aprendemos com o desenvolvimento da nossa parceria com a Universidade de Carnegie Mellon».
Castanheira da Costa falava na cerimónia de abertura do ano lectivo universitário, que se realizou no átrio do Colégio dos Jesuítas, e que, entre outras entidades, contou com a presença do primeiro-ministro, do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do presidente do Governo Regional e dos reitores de diversas universidades do País.
O reitor da UMa frisou que o sucesso da parceria com a Universidade de Carnegie Mellon «consolidou a nossa credibilidade internacional, tornando natural a ideia de repetirmos o processo em outras áreas» e sublinhou que o êxito desta parceria conduziu à criação do Instituto de Tecnologias Interactivas da Madeira, em associação com o Tecnopolo.
Acrescentou que a UMa ambiciona desenvolver outras parcerias que «nos permitam oferecer graus de mestrado conjuntos, em áreas atractivas, susceptíveis de terem o mesmo sucesso que o deste programa».
Ainda assim, referiu que «este objectivo não nos faz esquecer que somos uma universidade portuguesa», pelo que «é nossa obrigação e missão colaborar na resolução dos problemas e desafios futuros» da região e do país.
Neste sentido, Castanheira da Costa referiu que «a nossa proposta envolve um programa de cursos de especialização tecnológica, pós-graduações e mestrados para licenciados pré-Bolonha desenhado para responder a necessidades da Região, um compromisso de reforma dos nossos primeiros ciclos e, por fim, ao nível dos segundos e terceiros ciclos, um programa de internacionalização ambicioso e aberto». Sublinhou ainda que este programa só pode ter sucesso «se limitarmos bem as nossas áreas de intervenção prioritária, pelo que os esforços serão centrados em três áreas: informática, nanotecnologias, energia e medicina.
Na cerimónia foram assinados os Programas de Desenvolvimento das Universidades Públicas Portuguesas (com a participação de 15 estabelecimentos). Segundo o ministro do Ensino Superior, «esses programas serão anualmente verificados, avaliados e, se necessário, corrigidos». De acordo com Mariano Gago, «nunca um esforço colectivo a esta escala e com este sentido de responsabilidade social e de autonomia exigente tinha sido colectivamente exigido pelas instituições de ensino superior portuguesas, hoje profundamente modernizadas nas suas formas de organização e de gestão, na abertura à sociedade, na exposição a processos independentes de avaliação e de acreditação».