Nacional

A força da sua razão, reforça as razões para uma grande adesão à greve geral por parte dos professores, educadores e investigadores

23 de novembro, 2010

Os professores, educadores e investigadores científicos, tal como a grande maioria dos trabalhadores de Educação estarão amanhã na Greve Geral.

A forte adesão esperada por parte dos docentes e investigadores portugueses corresponderá à expressão da sua, também ela, fortíssima indignação face às políticas que têm estado a ser desenvolvidas no país e às medidas impostas, alegadamente para resolverem uma situação crítica da qual não são responsáveis.

Para os professores, o roubo de parte do salário, o novo congelamento das progressões na carreira, o novo roubo de tempo de serviço, a não realização de um concurso, em 2011, que também teria grande importância para as escolas e a estabilização do seu corpo docente e as medidas ditas de racionalização que estão a ser impostas no âmbito do Orçamento de Estado, são razões mais do que suficientes para que adiram à Greve reclamando uma profunda mudança de políticas.

Precariedade, instabilidade, desemprego

No que respeita a tais medidas de “racionalização”, os professores não ficam indiferentes a duas consequências que se adivinham: por um lado, a dificuldade acrescida – por vezes, incapacidade – que as escolas terão para se organizarem pedagogicamente e funcionarem adequadamente, promovendo a qualidade no ensino; por outro, o elevado número de professores – calcula-se em mais de 30.000 – que poderão ser jogados no desemprego. Desemprego que, de tão brutal e cego, a não serem devidamente avaliadas algumas das medidas previstas, atingirá docentes de todos os sectores de ensino – Pré-Escolar, Básico, Secundário e Superior –, quer do público, quer do privado.

Iniciativas

Com vista a acompanhar o desenvolvimento da Greve Geral e o seu impacto na Educação, a FENPROF tomará as seguintes iniciativas:

11.00 horas EB 2.3 Marquesa de Alorna (junto à Mesquita de Lisboa). Primeiras declarações sobre a Greve Geral na Educação. Estarão presentes o Secretário-Geral da CGTP-IN, o Secretário-Geral da FENPROF e a Coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública;

12.30 horas divulgação de primeira posição, em comunicado, com uma avaliação global, qualitativa, da Greve Geral na Educação;

17.00 horas divulgação de comunicado com a avaliação do impacto da Greve Geral na Educação, prevendo-se a divulgação de dados quantitativos, apesar de a esperada adesão elevada a esta Greve Geral poder dificultar a recolha desta informação.

Com o objectivo de avaliar esta greve e o envolvimento dos docentes na mesma, bem como de debater o futuro da luta dos professores, tanto no plano geral dos trabalhadores portugueses, como específico, reunirá, na sexta-feira, dia 26, a partir das 14.30 horas, o Secretariado Nacional da FENPROF, e no sábado, dia 27, a partir das 10.30 horas, o Conselho Nacional.

O Secretariado Nacional da FENPROF