A Frente Comum de Sindicatos dos Trabalhadores da Administração Pública saúda calorosamente a luta dos professores e a manifestação convocada pela FENPROF, no Dia Mundial dos Professores, a 5 de Outubro, em Lisboa, dia em que se assinala a implantação da República, feriado roubado pelo Governo PSD/CDS-PP.
A Frente Comum entende que é inaceitável que o Governo lance dúvidas sobre a qualidade da formação inicial dos professores, sujeitando-os a uma prova de avaliação (PACC) humilhante para profissionais que já deram anos de provas e foram já várias vezes sujeitos a avaliação do seu desempenho profissional; que não exista uma aposta verdadeira nas formações contínua e especializada de professores; que o Ministério da Educação e Ciência tenha cortado nas condições de funcionamento das escolas, designadamente através do aumento do número de alunos por turma, do agravamento dos horários dos docentes e da manutenção de uma enorme carga burocrática em inúmeras tarefas que lhes passaram a ser atribuídas; que se continuem a encerrar escolas por todo o país e a despedir professores e trabalhadores do setor; que a gestão das escolas não assente numa base democrática de participação de professores e pessoal não docente, encarregados de educação, estudantes e autarcas; que o carácter inclusivo da Escola Pública seja posto em causa pela falta de apoios a crianças com necessidades educativas especiais e a falta de professores.
Esta marcha é mais um passo na luta em defesa da Escola Pública, de qualidade e democrática, por melhores condições de trabalho e de ensino, pelo investimento na educação, pela estabilidade pessoal e no emprego, por uma carreira estável e qualificada, pela dignidade dos professores, dos alunos e de toda a comunidade educativa.
Um passo fundamental na defesa do direito de todos à Educação. A Frente Comum reafirma que só a luta é o caminho. Em defesa da Escola Pública, dos serviços públicos, por um novo governo e uma política de esquerda e soberana em defesa dos trabalhadores e do país.
FCSAP
