Nacional
Governo e MEC estão obrigados a ter em conta as exigências dos professores

11/06: greve às avaliações mantém adesão quase total

11 de junho, 2013

A FENPROF está em condições de garantir que a greve às avaliações, no seu primeiro dia (7 de junho) atingiu os 97,5% de reuniões não realizadas. Pelos dados já recolhidos ao longo da manhã, a FENPROF está em condições de afirmar que o nível de adesão se mantém, podendo mesmo ter aumentado ligeiramente.

Neste contexto, a FENPROF saúda todos os/as Professores/as que, com grande determinação, nas suas escolas e agrupamentos, estão envolvidos nesta extraordinária luta em defesa da Escola Pública e da Profissão de Professor.

Ver dados da manhã de dia 11 de junho (escolas do continente):

http://www.spn.pt/?aba=27&mid=115&cat=5&doc=3485

http://greve.sprc.pt/

http://www.spgl.pt/artigo.aspx?sid=6c66d6bf-318d-4ade-bd9b-54dee5af2992&cntx=tgLG7apdbXgtfuz%2B0mu5BO9Kl5m93kcBm3brd6xJB%2F6ymutqVa80mU4%2BpdkezhN9

http://spzs.pt//index.php?option=com_content&task=view&id=898&Itemid=1

Face a estes números, não é possível ao governo manter a sua atitude intransigente, tentando impor umas impossíveis 40 horas de trabalho semanal, como a aplicação do regime de mobilidade especial a um setor que nos últimos dois anos sofreu uma fortíssima redução de profissionais, quer pela aposentação de cerca de 20.000 professores, quer pelo despedimento de outros tantos docentes contratados.

Esta greve, recorda-se, ainda que relevando objetivos relacionados com o emprego e as condições / horário de trabalho, coloca ao mesmo nível outros bastante mais abrangentes, como sejam a defesa da Escola Pública, da qualidade do ensino e de condições positivas de aprendizagem para todos os alunos, o que está a ser posto em causa por sucessivos cortes orçamentais na Educação.

Nas escolas os professores estão determinados em manter esta forte luta até que o governo aceite negociar e resolver os problemas que está a criar.

Recorda-se que o processo “negocial” que terminou no passado dia 6, foi unilateralmente interrompido pelo governo num momento em que ainda não havia expirado o prazo para que fosse requerida a negociação suplementar, direito que a lei reconhece aos Sindicatos.

Porém, o facto de o governo ter aprovado a proposta de Lei, não significa que o assunto esteja resolvido, pois, sendo uma Lei, só a Assembleia da República a poderá aprovar. Assim sendo, este é o tempo oportuno de lutar, na certeza de que nenhum dos 230 deputados eleitos conseguiu sê-lo anunciando despedimentos, mobilidade especial ou agravamento dos horários de trabalho.

Como tal, com a sua luta, os professores também pretendem contribuir para que, na aprovação da Lei, sejam honrados os compromissos assumidos pelos/as Senhores/as Deputados/as.

A FENPROF reunirá esta quarta-feira, dia 12, à tarde, os seus Sindicatos para fazer um balanço da greve e preparar os dias seguintes da luta dos professores.

O Secretariado Nacional da FENPROF
11/06/2013