Nacional
OE 2022

FENPROF apresenta ao BE propostas para um OE que é omisso no que respeita aos problemas da Educação, dos professores e das escolas

13 de outubro, 2021

À saída da reunião com a Coordenação do Bloco de Esquerda, Mário Nogueira recordou aos jornalistas que esta proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2022, nas suas 391 páginas e mais de meio milhão de carateres, não refere uma única vez a palavra "professor", o que é um sinal claro do desrespeito que este governo tem pelos docentes em Portugal.

Nesse sentido, o Secretário-geral da FENPROF declarou que o único caminho possível é a luta dos professores: "nós gostaríamos que os problemas tivessem solução através da abertura ao diálogo, da negociação, da convergência e da procura de soluções". No entanto, "não estamos disponíveis para ter um OE que não dá um sinal. Este OE foi feito como se vivêssemos num país onde não há professores". Por isso, "é uma certeza absoluta - sem luta, este governo não resolve os problemas".

A coordenadora do Bloco de Esquerda considera que "há uma enorme lacuna nesta proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2022 e essa lacuna é a Educação". Catarina Martins afirma não compreender como é que o OE 2022 não contém uma palavra sobre a carência de professores sentida atualmente nas escolas quando, neste momento, há 40 mil alunos que não têm as aulas todas: "o facto de o Orçamento do Estado não ter uma única linha sobre como resolver este problema é uma imagem da falência da proposta do governo", concluiu.