Nacional
Num quadro muito crítico que se vive na Escola Pública

Direção da FENPROF reúne para analisar programa do governo e definir a estratégia para a ação

07 de novembro, 2019

Durante os dias de hoje e amanhã (7 e 8 de novembro), reúne em Lisboa o Secretariado Nacional da FENPROF.

Nesta reunião serão aprovados os Cadernos Reivindicativos finais, abrangendo todos os níveis de educação e ensino, dos setores público e privado, e será analisado o Programa do Governo para a Educação e nas matérias que têm relação direta com a profissão docente e de investigação.

Neste contexto, a FENPROF promoverá uma Conferência de Imprensa, no sábado, 9 de novembro, às 11.00 horas na sua sede em Lisboa, na Rua Fialho de Almeida, n.º 3,  para dar a conhecer as decisões que serão tomadas sobre estas matérias, mas também em aspetos mais específicos, como os que envolvem, entre outros, a ação em defesa da Escola Pública e da carreira docente, o prosseguimento da luta em defesa da contagem integral do tempo e serviço e da aprovação de um regime específico de aposentação, pela resolução de problemas relacionados com a falta de pessoal docente [muita precariedade profissional e com muitas turmas que ainda não têm professor(es)], falta de pessoal não docente (com muitas escolas a viverem uma situação muito complicada quanto ao seu funcionamento), da existência de sinais preocupantes de indisciplina nas escolas, de falta de condições de trabalho (onde sobressaem a enorme sobrecarga de horário dos docentes e o excessivo número de alunos por turma).

Num quadro de evidente desvalorização da Escola Pública e das suas condições de funcionamento, a FENPROF, nesta conferência de imprensa, dará nota do resultado dos contactos institucionais e da perceção da realidade nas escolas portuguesas relativamente à externalização (leia-se privatização) de serviços educativos fundamentais. Estes recursos, alegadamente dirigidos ao combate ao abandono e ao insucesso escolares, são obtidos com recurso à utilização de fundos europeus, não estruturais, no financiamento de empresas privadas criadas em Portugal ou com origem noutros países, autênticos sorvedouros de recursos financeiros, sujeitos à flutuação de políticas dirigidas à distância pela Comissão Europeia.

Neste contexto complexo, convidamos os senhores/as jornalistas e os órgãos de comunicação social a acompanharem esta iniciativa da FENPROF.

 

O Secretariado Nacional