Nacional
Concentrações em todo o país assinalam fim da greve às avaliações e confirmam:

A luta vai continuar!

13 de julho, 2018

Cerca de três mil professores concentraram-se esta tarde em 16 cidades do país confirmando que a greve às avaliações termina em 13 de julho, mas a luta pela recuperação total da carreira, entre outros objetivos, continuará de pé, conforme já foi anunciado pelas 10 organizações sindicais que assinaram a Declaração de Compromisso com o Governo a 18 de novembro de 2017 e que, em carta aberta, exigiram o retomar de negociações, o que veio a acontecer em 11 de julho. Só mesmo uma grande greve de professores, como a que se realizou entre 18 de junho e 13 de julho, poderia ter obrigado o governo a voltar à mesa das negociações, depois de, a 4 de junho, ter confrontado os sindicatos com uma inaceitável postura de “chantagem”. 

O Secretário-geral da FENPROF juntou-se aos professores que se concentraram na Praça dos Leões, no Porto. Mário Nogueira lembrou que a luta não terminou aqui e que o início do ano letivo vai ser determinante para os propósitos dos professores: a 17 de setembro, primeiro dia de aulas, vão realizar-se plenários sindicais em todas as escolas do país e, na semana de 5 de outubro, com a realização de greves e de uma manifestação nacional, a ação dos professores será muito importante, pois vai coincidir com um dos mais importantes momento da negociação entre os partidos do Orçamento do Estado para 2019.  A luta em setembro será fundamental para o curso do processo negocial entre o Governo e os Sindicatos que se desenrolará ao longo do mês. 

A luta não vai de férias, mas o país irá. A Assembleia da República interrompeu os seus trabalhos hoje, os governantes começam também as suas as férias, os trabalhadores em geral gozarão o seu merecido período de férias, e os professores também o farão, pois esse é um inalienável direito de que não prescindem no final de um ano tão desgastante como aquele que agora termina. Retemperar forças e estar disponível para continuar a luta em setembro será agora a prioridade. Entretanto, os sindicatos de professores, desde logo os da FENPROF, ao longo do que resta de julho e do mês de agosto, estarão, naturalmente, abertos no apoio aos seus associados, desde logo no âmbito dos concursos, lembrando que os resultados dos concursos interno e externos estão para muito breves, de acordo com a calendarização divulgada no início do processo. Estarão, ainda, a preparar o retomar da luta logo no início do ano letivo. 

Nestas concentrações os professores aprovaram uma Moção que vão fazer chegar ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, aos Grupos Parlamentares, ao Primeiro-Ministro, Ministro da Educação, Ministro das Finanças e ao Presidente do Conselho Nacional de Educação.

 

Moção aprovada pelos professores

 Imagens das concentrações


Confira os totais nacionais da greve entre 18 de junho e 13 de julho, mas também os dados por área de influência dos Sindicatos da FENPROF:

Sindicato dos Professores do Norte (SPN)

Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC)

Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL)

Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS)

Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA)