Portugal vive uma nova situação política, após a demissão do governo e a prevista dissolução da Assembleia da República. Neste quadro político, a crise económica e social continua a agravar-se e algumas das medidas reprovadas pelos deputados – a quem a chanceler Merkl se achou no direito de dar uma reprimenda – são dadas como, apesar de tudo, inevitáveis.
Na Assembleia da República, o inútil regime de avaliação em curso foi suspenso, mas a maior parte das medidas previstas para vigorarem a partir de Setembro, decorrentes do Orçamento de Estado para 2011 e/ou do PEC, das quais resultará a eliminação de milhares de horários de trabalho nas escolas mantêm-se em vigor.
São disso exemplo, o encerramento de escolas, a criação de mega-agrupamentos, as novas regras para a organização do ano lectivo e os horários dos professores, entre outras que, no conjunto, deixarão cerca de 30.000 professores no desemprego.
Também a instabilidade que afecta milhares de docentes contratados, a não realização de concurso em 2011, o congelamento das carreiras e o roubo mensal nos salários são fruto de uma política negativa e anti-social, constituindo problemas que não tiveram, até agora, solução.
É neste contexto e com o objectivo de definir a acção sindical, para o futuro próximo, à luz deste novo quadro que o Conselho Nacional da FENPROF reúne amanhã, sábado, dia 26 de Março, entre as 10 e as 19 horas, na sede da FENPROF, em Lisboa, aprovando uma resolução político-sindical que contemplará os aspectos em debate.
Às 18 horas, o Secretário-Geral da FENPROF divulgará, em declaração à comunicação social, que terá lugar na sede da FENPROF, as conclusões do órgão máximo, entre Congressos, da Federação Nacional dos Professores.
O Secretariado Nacional da FENPROF
25/03/2011
