Nacional
Palácio das Laranjeiras, esta segunda-feira, 11h00

Semana de Luto e Luta dos Professores arrancou no MEC

16 de fevereiro, 2013

Esta segunda-feira, dia 18, teve início a Semana de Luto e Luta dos Professores Portugueses. Como sublinha uma nota de imprensa entretanto divulgada pelo SN da FENPROF, na afirmação da Profissão de Professor e em defesa da Escola Pública, os docentes portugueses permitirão que o luto ganhe visibilidade nas suas escolas, em sinal de protesto contra as atuais políticas para a Educação e de exigência por uma mudança verdadeira e de sentido positivo.

Simbolicamente, esta semana arrancou pouco depois das 11 horas no Palácio das Laranjeiras onde foram colocadas uma faixa ("Professores de luto e em luta. Pela profissão. Em defesa da Escola Pública") e alguns pendões ("Em política não vale tudo... Compromissos devem ser respeitados!"), com visibilidade para a Estrada das Laranjeiras.

A Semana de Luto e Luta dos professores portugueses já está presente, neste momento, nas escolas e no país, através da colocação de faixas e cartazes. Mário Nogueira referiu também a utilização, pelos professores, de símbolos da luta, a distribuição de textos informativos aos pais e encarregados de educação e a aprovação, nas escolas, de posições a enviar ao MEC.

Esta Semana de Luto e Luta será ainda marcada pela crítica às políticas educativas que estão a ser seguidas, pela denúncia das consequências das medidas impostas pelo MEC e que procuram dar corpo a tais políticas, mas também pela apresentação de propostas que salvaguardam a Profissão de Professor e defendem a Escola Pública.

Com esse objetivo estão marcadas diversas iniciativas temáticas, através de conferências de imprensa descentralizadas pelas diversas regiões do país (a primeira tem lugar hoje no Porto), em que a FENPROF abordará alguns dos problemas mais graves vividos por professores, educadores e investigadores num momento em que a Escola Pública é alvo do maior ataque desferido nos últimos 40 anos, sendo evidente a intenção de a destruir enquanto escola com matriz democrática.

Numa breve intervenção, António Avelãs sublinhou a necessidade de uma atitude de persistência, luta e confiança - bem patente nesta Semana de Luta e Luto -  e de ideias claras, em defesa da escola pública e da profissão docente.

Mário Nogueira frisou que o Ministro da Educação tem que reunir com a FENPROF, esclarecer o que vai acontecer às escolas e aos professores, dando a conhecer o que pensa em relação ao futuro.

Reunião

Foi também reiterada, junto do gabinete do ministro, a exigência de marcação de uma reunião de caráter urgente, há muito solicitada, mas da qual Nuno Crato tem procurado fugir, ora remetendo-se ao silêncio, ora remetendo-a para um dos secretários de estado. acontece, porém, que, agora, foi o próprio Primeiro-Ministro a transferir para o ministro da Educação e Ciência a realização da reunião. O MEC não respondeu e a FENPROF decidiu deslocar-se para a "5 de outubro". Ver nota entretanto divulgada pelo Secretariado Nacional. 

A ação em Lisboa contou com a presença, entre outros dirigentes sindicais, do Secretário Geral da FENPROF, Mário Nogueira, e do Presidente do SPGL, António Avelãs, que fizeram breves declarações à comunicação social e aos professores presentes. / JPO