"Para dizer se esta reunião correu bem ou mal, teremos que esperar pelas 18h00, altura em que o senhor Secretário de Estado Adjunto e da Educação fará uma declaração pública".
Foi assim que Mário Nogueira iniciou o diálogo com os profissionais da comunicação social, à saída da reunião realizada nesta tarde de 18 de Março, quinta-feira, no Ministério da Educação, em Lisboa.
Reiterando uma toma de posição divulgada anteriormente pela Direcção da FENPROF, o Secretário Geral garantiu aos jornalistas presentes na 5 de Outubro que a Federação não abdica da reunião com a Ministra da Educação, pois o que está a acontecer leva a que se encare com grande preocupação o futuro do relacionamento institucional e negocial com o Ministério da Educação.
Por essa razão, a FENPROF não prescinde de discutir politicamente com a titular da pasta este lamentável e reprovável episódio cuja superação passa por serem eliminados do ECD todos os aspectos que nele foram introduzidos à margem do acordo de princípios e à revelia da negociação que se seguiu.
Mário Nogueira reafirmou a disposição das organizações sindicais na luta contra políticas que impliquem mais precariedade, mais instabilidade e tentativas de imposição de mão-de-obra barata, desinvestindo na Educação.
"Queremos saber com que regras é que vamos lidar a partir de agora", realçou Mário Nogueira, acompanhado nesta deslocação ao ME pelos dirigentes sindicais António Avelãs (SPGL), João Baldaia (SPN), Francisco Almeida (SPRC), Joaquim Páscoa (SPZS) e Marília Azevedo (SPM).
"Temos que saber se vimos aqui ao Ministério para resolver problemas ou para perder tempo", observou o Secretário Geral da FENPROF, que, em resposta às questões colocadas pelos jornalistas destacou:
“O que o Governo fez não consta do acordo de princípios, não fez parte do conjunto de matérias que se agendou para revisão, nunca esteve presente na negociação e foram aspectos introduzidos já depois de encerrado o processo negocial. Esta não é forma de negociar, porque é destituída de seriedade."
E mais adiante:
"Neste momento só há uma maneira de resolver o problema: retirar do ECD tudo o que foi introduzido já depois da negociação ter terminado.”
Recorde-se, entretanto, que a FENPROF voltará ao Ministério no dia 24 a propósito da negociação da regulamentação da avaliação do desempenho. / JPO