A Frente Comum vai equacionar com os trabalhadores todas as formas de luta, inclusive a greve, depois do Governo ter mantido uma postura de «quero, posso e mando» na reunião de negociação suplementar para discutir a actualização salarial. Uma crítica igualmente feita pelo STE. Já a Fesap diz que a reunião serviu para confirmar o mundo «irreal» do Governo.
Após a reunião de negociação suplementar para discutir a actualização salarial, a Frente Comum fez saber que vai equacionar com os trabalhadores todas as formas de luta, inclusive a greve.
«A greve de sexta-feira foi um sucesso e um passo em frente e não vamos ficar por aqui, porque o Governo mantém uma postura de quero, posso e mando», afirmou a coordenadora da Frente Comum.
«Vamos equacionar todas as formas de luta», adiantou Ana Avoila, acrescentando que a reunião de hoje «não trouxe nada de novo».
STE acusa Governo de autoritarismo
Também o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) acusou o Governo de autoritarismo, tendo em conta que não se manifestou disponível para alterar qualquer das propostas discutidas na reunião suplementar.
«O Governo mostrou-se intransigente» ao manter os aumentos salariais nos 2,1 por cento para 2008 e o aumento dos descontos dos aposentados para a ADSE, o que mostra «um autoritarismo que não se compreende» numa sociedade democrática, afirmou o presidente do STE.
«Este autoritarismo não augura nada de novo para o futuro do país», adiantou Bettencourt Pivanço, sublinhando que se tratou de uma reunião «frustrada».
O pedido de negociação suplementar foi feito pelo STE, após o Governo ter encerrado as negociações salariais com um aumento de 2,1 por cento, em linha com a inflação prevista.
Fesap diz que Governo vive num mundo «irreal»
Entretanto, a Fesap, a última estrutura sindical a ser recebida pelo Governo, disse que a reunião serviu apenas para confirmar o mundo «irreal» do Governo.
«Ficámos a saber que os pensionistas estão numa situação boa, que não pagam nada, vivem bem; portanto, ficamos todos satisfeitos», ironizou, sublinhando que «infelizmente, a realidade é outra».
TSF, 5/12/2007
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