A luta dos educadores e professores, "uma luta justa em defesa de direitos profissionais e em defesa da escola pública de qualidade para todos", esteve em foco na intervenção de Manuel Carvalho da Silva, na tarde de 25 de Novembro (sábado), no Rossio, em Lisboa.
O secretário-geral da CGTP-IN, acompanhado de outros elementos do Executivo da Central, falava aos milhares de trabalhadores dos distritos de Lisboa e Setúbal que, após concentração no Cais do Sodré, desfilaram rumo ao coração da Baixa, num longo cortejo em que sobressaía a presença da juventude e de vários sectores e empresas com importantes lutas em curso.
Lisboa foi uma das mais de duas dezenas de cidades (todas as capitais de distrito do continente e ainda Funchal, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta) que assistiu ao protesto nacional convocado pela Inter, "em nome da indignação", por novas políticas, que assegurem um futuro de progresso para todos os portugueses.
Na intervenção do Rossio, Carvalho da Silva caracterizou a ofensiva contra os direitos dos educadores e professores como uma "expressão do economicismo neoliberal", lembrando que as políticas de cortes financeiros nas áreas do ensino (incluindo o Superior) são contrárias às reais necessidades de desenvolvimento do País.
2007, "ano da verdade"
Ao abordar um conjunto de temas políticos de vincada actualidade (precariedade laboral, salário mínimo nacional, segurança social, educação, saúde, formação e qualificação profissional, situação da Administração Pública, entre outras questões), o secretário-geral da CGTP-IN garantiu que "a luta vai continuar" e que as organizações representativas dos trabalhadores e o movimento sindical no seu conjunto não cruzarão os braços face às injustiças que se continuam a viver em Portugal, destacando que 2007 tem que ser um ano de viragem e de arranque para novas respostas aos desafios que se apresentam à sociedade portuguesa, não só quanto às políticas salariais e nomeadamente ao salário mínimo nacional (a Central exige que o SMN atinja os 500 euros em 2010) como em relação às políticas de estímulo à produtividade e ao desenvolvimento económico e social. / JPO