A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) pediu (24/10) a demissão do secretário de Estado da Administração Educativa, Abílio Morgado, considerando que lhe cabe a "responsabilidade política" pelas "irregularidades" na colocação de professores. Analisando a forma como tem decorrido o processo de colocação de professores, o Secretariado Nacional da FENPROF exige que o Ministério da Educação, nomeadamente o secretário de Estado da Administração Educativa, "assuma a responsabilidade política pelos atrasos, ilegalidades e erros que têm vindo a prejudicar milhares de alunos e professores e a perturbar gravemente a vida das escolas".
Em 3 de Setembro, data de saída das colocações relativas à segunda parte do concurso de professores dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e Secundário, a FENPROF alertou para "o atraso verificado e para as inúmeras irregularidades nas colocações, sem precedentes em anos anteriores". "Em resposta, o Ministério da Educação adiantava que 99% dos professores necessários estavam já colocados", mas foi o "próprio Ministério da Educação que, um mês depois, veio anunciar que iria proceder à colocação de 4000 candidatos objectivo que ficou longe de ser alcançado, reconhecendo, de forma implícita, que cerca de 300 mil alunos estiveram sem um professores durante várias semanas".
Por esse motivo, a Federação Nacional dos Professores considera que o secretário de Estado da Administração Educativa, Abílio Morgado, "não tem a dimensão ético-política exigida ao exercício das suas funções, pelo que deveria tomar a iniciativa de apresentara sua demissão".