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Eugénio Rosa

“O SNS em crise grave não responde às necessidades dos portugueses e os 1100 milhões €, agora anunciados pelo governo para aumentar o capital dos hospitais, são afinal para pagar dívidas do SNS”

15 de fevereiro, 2022

Neste estudo o Dr. Eugénio Rosa mostra que a situação do SNS se agravou enormemente:

  • o número de consultas mensais nos Centro de Saúde diminuiu em um milhão, e mais de metade são pelo telefone pois os médicos de família foram desviados para acompanhar por telefone os infetados pelo COVID;
  • o número de portugueses sem médico de família aumentou, entre nov.2019 e nov.2021, de 689.942 para 1.081.362 (+56,7%);
  • 51,1% das 7,6 milhões de urgências hospitalares realizadas em out./2021 eram casos que podiam ser resolvidos nos Centro de Saúde se estes funcionassem plenamente abrangendo todos utentes.

Mostra, também, que, contrariamente ao afirmado pelo governo quando a Assembleia da República debateu e aprovou o Orçamento do Estado de 2021, o SNS não teve este ano um reforço de 745 milhões de euros como a propaganda oficial não se cansou de repetir, mas apenas metade deste valor o que determina que, em outubro de 2021, apresente já um saldo global negativo de 389 milhões de euros. E como consequência da falta de meios, a divida dos Hospitais do SNS a fornecedores privados aumentou enormemente em 2021 pois, entre dezembro de 2020 e outubro de 2021, passou de 1516,1 milhões para 1968,7 milhões de euros.

A situação financeira e a falta de meios no SNS são dramáticas, impedindo o seu funcionamento normal, assim como é um obstáculo a melhores condições de trabalho de que se queixam e denunciam, com razão, os profissionais de saúde. 

Alerta, ainda, para o facto de a saúde dos portugueses estar em risco, assim como o próprio SNS, em benefício do negócio privado da saúde.

Leia aqui o estudo completo.