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[COMO SE ADIVINHAVA] CONCURSOS NÃO RESOLVERAM PROBLEMAS DE INSTABILIDADE DOS PROFESSORES, TENDO MESMO GERADO INJUSTIÇAS

21 de junho, 2015

Uma palavra ainda para os números dos concursos que foram ontem conhecidos, e só para os números, pois o resto, a competência do que está feito, só se perceberá a partir de segunda-feira. Dos 33.506 candidatos ao concurso externo, 95,6% ficaram fora dos quadros, mas não é só esse o problema. É que, desse enorme contingente que ficou de fora, cerca de 19.700 docentes (isto é, mais de 60%) são mais graduados que o último dos colegas que vinculou no seu grupo de recrutamento. Não pretendemos que sejam excluídos os que ingressam, mas exigimos que também vinculem aqueles que, sendo mais graduados, ficam de fora e que, no próximo ano, serão candidatos mas ao desemprego. Iremos, por todas as vias possíveis, continuar a defender esta exigência.

É ainda de assinalar que, neste concurso externo, há cerca de 12.000 candidatos a menos que no de 2013, em que foram 45.341. Se considerarmos os que ingressaram pela via dos concursos extraordinários, concluímos que faltam aqui os milhares que foram expulsos pelo MEC com a aplicação da PACC. Foi para isso que a PACC foi criada, para isso e para enxovalhar, de uma forma geral, todos os professores.

No que respeita ao concurso interno, constata-se que 2/3 dos 32.914 candidatos a uma mudança, não a obteve. E o drama de muitos destes colegas é que não se candidataram para se aproximarem de sua casa, como era legítimo, mas para tentarem fugir ao horário-zero que os deixa à mercê da requalificação, levando alguns a saírem da escola para a zona pedagógica ou a mudarem para escola mais distante da sua residência.

Da intervenção de Mário Nogueira