Nacional
8 de Novembro, mais uma data histórica para a profissão docente

Casa cheia no Porto e 4 000 professores em reuniões na região centro

31 de outubro, 2008
 

Os professores do Grande Porto estiveram presentes em grande número num Plenário organizado pelo SPN no dia 30 de Outubro, no anfiteatro da Faculdade de Psicologia.

Da discussão realizada resulta a convicção de que o dia 8 de Novembro será mais um dia para a história da Profissão Docente - todos os indicadores nos levam a acreditar numa mobilização em tudo semelhante à do dia 8 de Março.

Da discussão realizada resulta a convicção de que o dia 8 de Novembro será mais um dia para a história da Profissão Docente.

São já mais de cem os autocarros completamente cheios... Em Amarante e Monção está ultrapassado o número de inscrições do dia 8 de Março e em todas as áreas sindicais os números não param de crescer.

Movimentação dos Professores e das Escolas surte efeito
Quase 4.000 professores reúnem na Região Centro

Na Região Centro prosseguem as reuniões em todas as escolas e agrupamentos com participações "record" de professores. Após 3 semanas de reuniões o SPRC já reuniu com quase 4000 docentes, prosseguindo, ainda este trabalho nas restantes escolas até 8 de Novembro. Há dezenas de autocarros já reservados e as inscrições para a Manifestação de 8 de Novembro crescem exponencialmente.

Hoje é já possível afirmar que os professores vão estar ao seu melhor nível em Lisboa.

As reuniões que o SPRC está a levar a efeito em todas as escolas e agrupamentos de escolas estão a servir para discutir aspectos tão fundamentais como o ante-projecto de avaliação do desempenho apresentado publicamente pela FENPROF em 8 de Outubro e as alterações à estrutura da Carreira propostas pelo SPRC e que levarão à discussão de uma proposta final a apresentar pela FENPROF ao governo.

Mas também (o que tem dominado os debates) as condições de exercício da profissão neste primeiro período com uma enorme acumulação de tarefas e reuniões, burocracia e bloqueio à actividade docente, decorrentes do novo modelo de avaliação do desempenho. Cresce a exigência da sua suspensão e a Ministra da Educação está cada vez mais "emparedada" na sua própria política, ao mesmo tempo que, nas suas intervenções públicas, revela um profundo e confrangedor desconhecimento da realidade das escolas.

No terreno da aplicação efectiva do modelo de avaliação começa a revelar-se o que os Sindicatos, desde o primeiro momento afirmaram: a sua enorme burocracia e complexidade, bem como o facto de ser totalmente desprovido de interesse para o que deveria ser o seu principal objectivo ? melhorar as condições de desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem.

Uma avaliação que cada vez mais se revela centrada num fim, o de bloquear a progressão na carreira e sujeitar os docentes a um controlo desmesurado da sua acção profissional.

Segundo indicações do que está a ser transmitido ao já designado "INEM da Avaliação" o 112 da imposição das políticas deste Ministério, Lurdes Rodrigues começa a querer passar a mensagem do aligeiramento do modelo, para evitar que as pessoas o combatam.

Será verdade que tenha sugerido a fusão ou agregação de itens para que as fichas sejam mais fáceis de preencher? Que os professores com excelente não tenham de ser sujeitos a observação de aulas? Que as reuniões entre avaliadores e avaliados possam até não se realizar? Que está disponível para simplificar o processo e até deixar cair os resultados escolares?

Com que legitimidade? Com que consagração legal e negociada?
E o resto? E as quotas? E a hierarquização da carreira e da avaliação do desempenho? E a divisão da carreira? E os limites ao acesso ao topo? E os horários sujeitos a ilegalidades sucessivas? E a sobrecarga que decorre de uma observação descontextualizada de aulas? E a injustificada, cientificamente, aplicação de metas desenquadradas da realidade de cada escola? E o constante ataque à autonomia e democracia na gestão das escolas e do processo educativo?...

Nenhum professor se alheia, já, da defesa da sua própria carreira, da sua dignidade profissional!
Dia 8 de Novembro todos os que estão desagradados, revoltados ou se sentem maltratados pelas políticas deste ME, desfilarão em Lisboa na manifestação do sentir dos professores.

CHEGA!!!

A Direcção do SPRC