Não estando previsto na temática da conferência de imprensa, o Orçamento de Estado para 2015 acabou por ser introduzido no diálogo com os profissionais da comunicação social presentes.
“Trata-se de um corte assassino”, comentou o Secretário Geral da FENPROF, referindo desde logo as consequências da retirada de 704 milhões só nos ensinos básico e secundário.
"Isto significa menos recursos nas escolas, menos professores, menos técnicos, menos terapeutas e mais uma quebra na qualidade do serviço público de educação", afirmou Mário Nogueira.
"A Educação tem sido uma das áreas sociais mais martirizadas nos últimos anos pelos cortes orçamentais", lembrou o dirigente sindical, que alertou para a posição do nosso país no ranking da União Europeia em matéria de percentagem do PIB para a educação, o ensino e a formação: na cauda da Europa...
"Nestes cortes financeiros - agora de dimensão brutal -, nestes atentados contra a Educação, há um fundo ideológico. Para o Governo, a Educação não é uma função social essencial do Estado".
Num quadro marcado pelo aumento da escolaridade obrigatória e "por elevadas taxas de insucesso e abandono escolar", o Governo ataca a Educação pública, cortando-lhe meios essenciais para a concretização das suas responsabilidades. Ninguém pode ficar de braços cruzados! / JPO