Nacional
Reunião Governo-Frente Comum

Não aceitamos ser arma de arremesso para equilibrar contas públicas

22 de junho, 2014

Após quase 3 horas de discussão, nada de novo se apurou na reunião, a 19 de junho, entre o governo e a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FCSAP), isto é, confirma-se o grande ataque aos trabalhadores da administração pública que mais uma vez vão servir de arma de arremesso para “equilibrar as contas públicas”!

O secretário de Estado da Administração Pública nada esclareceu sobre dúvidas que a FCSAP colocou que, a confirmarem-se, se traduzirão em mais cortes salariais ainda este ano, roubando o que aos trabalhadores pertence e não querendo saber das decisões do TC; congelamento da revisão salarial e das progressão nas carreiras a prolongar-se pelo menos até 2019.

Bem claro ficou que o governo continuará a usar o “mix” (sic) entre reduzir salários e/ou reduzir trabalhadores na administração pública aprofundando os métodos já aplicados de, por fora do sistema, através de aposentação antecipada ou de rescisão por mútuo acordo, trabalhadores que, não aguentando a pressão, se vão embora por “tuta e meia”.

A FCSAP não aceita a destruição de carreiras que se adivinha com a integração na tabela remuneratória única (TRU)! Não se conhece sequer qual seria o período transitório ou como se desenvolveriam as carreiras nesta TRU. Adivinha-se, todavia, que a “progressão obrigatória” deixaria de ser feita, comprometendo direitos de décadas.

A FENPROF afirmou que não aceitará a destruição dos Estatutos de Carreira (ECD, ECDP e ECDESP) que tanta luta, iniciada ainda antes do 25 de ABRIL, custou aos professores e exigiu uma mesa negocial própria.

Aos professores e investigadores, a todos os trabalhadores da administração pública, se exorta para que não baixem os braços e para que defendam os seus direitos tão arduamente conquistados, lutando e participando nas lutas que se desenham.

Já para o dia 10 de julho, a CGTP-IN convocou uma Manifestação Nacional, que incluirá duas concentrações - uma no Marquês de Pombal e outra no Cais do Sodré, para a qual é fundamental uma forte participação

(20.06.2014)