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GREVE DE DIA 17 FOI DAS MAIORES DE SEMPRE E IMPÕE AO MEC UM PEDIDO DE DESCULPAS AOS ESTUDANTES E ÀS FAMÍLIAS

18 de junho, 2013

Confirmados os números, a FENPROF mantém a informação ontem divulgada: a Greve Geral dos Professores teve uma adesão superior a 90%, sendo essa a “leitura” que o MEC recusa fazer, refugiando-se nos 70% de alunos que fizeram exame e desvalorizando o facto de cerca de 20.000 não terem conseguido fazer.

O que deverá merecer a atenção do MEC é que houve escolas onde, apesar de a realização de exames ter sido assegurada, a adesão atingiu os 95%. De salientar também que a greve não teve apenas expressão nas escolas públicas.

Devido às pressões que os patrões dos colégios exercem sobre os professores que neles exercem atividade, por exemplo, no Colégio D. João V, do Louriçal (Pombal), sede social do grupo GPS, a adesão dos docentes atingiu os 60%, o que é verdadeiramente notável.

Ou seja, para os professores o mais importante foi mesmo protestar contra as políticas educativas e as medidas que o MEC pretende impor e não impedir os alunos de fazerem exame. Pelo facto de ser o único responsável pela quebra de equidade entre os estudantes (resultado da sua teimosia em não adiar o exame, na sequência da sugestão do colégio arbitral, acompanhada por quase toda a comunidade educativa), deverá o MEC, agora, encontrar uma solução que seja adequada, mas, antes de qualquer outra decisão, deverá pedir desculpa aos estudantes e suas famílias pelas consequências muito negativas da sua intransigência