Nacional
Plataforma Sindical dos Professiores em conferência de imprensa

Tudo a postos para o Dia D (15 de Abril), para os Protestos às Segundas-Feiras e para as Marchas Regionais da Indignação

07 de abril, 2008

A Plataforma Sindical dos Professores confirmou em conferência de imprensa o conjunto de acções previstas neste terceiro período lectivo, dando sequência às decisões tomadas na Marcha da Indignação, realizada no dia 8 de Março em Lisboa, decisôes essas condensadas na resolução aprovada no mega plenário do Terreiro do Paço por mais de 100 000 educadores e professores de todo o País.

No encontro com a comunicação social foram divulgados o guião e a síntese, documentos preparados pela Plataforma, para a acção de 15 de Abril, que será, certamente, um grande debate nacional sobre o estado da Escola Pública portuguesa, que abordará, como destacou Mário Nogueira (foto), os objectivos do actual processo reivindicativo, nomeadamente em matéria de definição de conteúdos e de prioridades; as formas de acção a desenvolver para atingir esses objectivos; e, finalmenmte, outros aspectos considerados de interesse para cada uma das escolas e agrupamentos. / JPO

Acção e lutas dos professores


Se o ME/Governo mantiver a postura que tem tido, o que parece confirmar-se pelas recentes declarações dos secretários de Estado nas reuniões com as escolas e da Ministra no fim de semana, dificilmente as lutas dos docentes terão abrandamento.

Confirmam-se os protestos para os dias 14, 21 e 28 de Abril e 5 de Maio, respectivamente, nas capitais de distrito do Norte, Centro, Grande Lisboa e Sul. No dia 17 de Maio, haverá uma nova Marcha Nacional, só que desta vez descentralizada por regiões. Todos, à tarde, no mesmo dia, estarão em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Faro.

Como não há tempo a perder, o dia 15 de Abril servirá para os professores concretizarem o Dia D, de Debate, em que reflectirão sobre os grandes temas que têm merecido maior divergência em relação ao ME: Gestão e autonomia das escolas; estatuto da carreira docente, onde se inclui a avaliação, a divisão em categorias, a prova de ingresso e outras matérias do ECD; Condições de trabalho nas escolas, onde os horários de trabalho, as condições materiais, aspectos relacionados com a indisciplina, apoios educativos, entre outras questões, poderão ser debatidas.

Por fim, as lutas futuras, para depois de 17 de Abril. Os professores vão decidir: do abaixo-assinado, a nova Marcha Nacional ou a Greves, tudo estará em cima da mesa. Quanto a greves, poderão ser por tempos, por turnos, de um ou mais dias, em período de avaliações ou de exames. A palavra será dos professores. Caso os problemas não mereçam uma resolução, como se exige, os professores serão convidados a pronunciarem-se, desde já, sobre as condições de abertura do próximo ano lectivo: que sugestões têm para acções/lutas que possam ser desenvolvidas nesse momento, marcando, desde logo, um ano que, em boa parte, coincidirá com o período pré-eleitoral (quer para autárquicas, quer legislativas). A palavra será dos professores! / A Plataforma Sindical dos Professores, 7/04/2008