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"O País não tem uma estratégia de desenvolvimento económico e social"

A CGTP-IN e o Orçamento de Estado para 2005

11 de abril, 2005


O País não tem uma estratégia de desenvolvimento económico e social

A CGTP-IN está convicta de que o problema do país não é a política orçamental, mas antes a incapacidade do Governo para definir e concretizar uma estratégia de desenvolvimento, como as Grandes Opções do Plano recentemente evidenciaram. É necessário definir prioridades, tendo em conta a difícil situação que o país atravessa, para depois atribuir recursos financeiros necessários para alcançar os objectivos previstos.

A CGTP-IN tem desde há muito apresentado propostas concretas para uma política de desenvolvimento. Assegurar um crescimento económico significativo, não inferior a 3%, é essencial, mesmo que não seja só por si suficiente. Porém, a economia apresentou crescimentos muito fracos nos últimos 5 anos, que nos fizeram divergir com a média europeia.

A proposta de OE contém um crescimento de 2,4%, mas é de temer que esse objectivo não seja sequer alcançado, sobretudo porque:

  • Não há uma política de desenvolvimento que assegure um crescimento sustentado;
  • A Comissão Europeia prepara-se para rever em baixa as previsões económicas;
  • O pressuposto do preço do petróleo em que assenta se afigura irrealista - o preço do barril está neste momento muito acima do valor indicado e há razões para pensar que a alta vai continuar;
  • Os investimentos públicos (PIDDAC), embora cresçam, podem não ser suficientes, até porque haverá em 2005 um aumento das verbas congeladas (a chamada "cativação") de 21,4% face a 15% este ano.

A direita e o pensamento dominante de matriz neoliberal têm minimizado a relevância dos investimentos públicos para o crescimento económico. Porém, a importância do PIDDAC para a economia nacional é demonstrada por um estudo recente. Os modelos usados confirmam que o PIB aumenta por via do investimento da Administração Central, ainda que as magnitudes sejam diferentes. Um deles, centrado na procura, conclui que o PIB cresceu em termos médios mais 3,3% no período 1994-2002 devido ao aumento da produção nacional e importações. O PIDDAC terá contribuído para que o emprego tenha crescido mais 2,6% ao ano naquele período (cerca de 120 mil postos de trabalho por ano, 46% dos quais na construção). O outro, baseado num método diferente e considerando em simultâneo a oferta e a procura, estima que o PIB cresceu mais 1,5% entre 1994 e 2002 devido ao PIDDAC e que a partir de 2003 até 2020 o efeito será de mais 1,4% ao ano. O emprego terá crescido em média mais 1% entre 1994 e 2002. Quanto ao contributo para a FBCF (investimento) total do país, ambos concluem que tenha crescido mais 13% ao ano devido ao PIDDAC.

Esta proposta de PIDDAC é demonstrativa da insensibilidade do Governo às necessidades do País. Ao contrário de uma orientação para "despesas efectivamente produtivas e socialmente úteis", verifica-se sim um decréscimo em programas fundamentais ao mesmo tempo que a Defesa aumenta 194,7%. Assim, há uma quebra quer dos valores quer do peso dos programas Educação Pré-Escolar (menos 34,7%), do Ensino Básico e Secundário (menos 10,3%), da Saúde (menos 9,8%), do Ambiente e ordenamento do território (menos 1%), da Cultura (menos 20,7%), das Pescas (menos 6%) e da Modernização e Internacionalização da Economia (7,8%). As descidas serão ainda mais acentuadas uma vez que as variações calculadas no quadro seguinte são nominais.

A política sobre o sector público é também crucial para o desenvolvimento do país. Mas o Governo pretende manter uma política de privatizações, desmantelando o que resta do sector empresarial do Estado, e de subfinanciamento dos serviços públicos. As empresas que prestam serviços públicos, como nos transportes, comunicação social, etc., deveriam ser compensadas para evitar a degradação da sua situação financeira, como vem acontecendo. O valor inscrito para as indemnizações compensatórias (362,3 milhões de euros) é mesmo inferior ao orçamentado para este ano (375 m.e.). A situação é ainda mais grave se atendermos a que algumas das empresas têm efectuado elevados investimentos, como ocorre em empresas de transportes públicos (ex. Metro). Não há pois a definição de uma política coerente assente na contratualização do serviço público e no financiamento do esforço de investimento de empresas do sector público.


É preciso assegurar uma política salarial coerente

O Orçamento de Estado não define a política salarial, mas não deixa de ser importante. Primeiro, porque define o cenário macroeconómico esperado para 2005. Depois, porque os salários são influenciados pelos aumentos na Administração Pública. E ainda porque a actualização das pensões mínimas está ligada à revisão do salário mínimo nacional. Sobre cada um destes pontos importa considerar:

  • O cenário macroeconómico aponta para uma inflação de 2% e para um aumento da produtividade de apenas 1,2%. Quanto à inflação, embora esteja a ocorrer uma desaceleração dos preços, não se pode esquecer as fortes incertezas associadas ao preço do petróleo. Até agora os Governos e os agentes económicos têm agido na perspectiva de uma alta temporária, em parte associada a componentes especulativas, mas há também factores de carácter estrutural que vêm sendo minimizados. Além disso, o Governo tem sistematicamente falhado os referenciais de inflação, que nos últimos anos foram sempre inferiores à inflação verificada (a soma acumulada das diferenças ultrapassou os 5% entre 1998 e 2003);
  • Quanto à produtividade, há inconsistência entre o aumento económico previsto (2,4%) e o fraco crescimento da produtividade (1,2%). Se esta previsão se confirmar isso significa que o Governo não aposta num dos factores decisivos para o crescimento e o desenvolvimento. Pensamos, porém, que o Governo está artificialmente a apresentar uma perspectiva de baixo crescimento da produtividade apenas com o objectivo de limitar o crescimento dos salários;
  • O orçamento não é claro sobre a actualização salarial da Administração Pública. Está prevista uma variação das despesas com o pessoal de apenas 1,5%, mas esta rubrica cobre não só as despesas como os salários, mas também outras como a progressão nas carreiras e a segurança social. Algumas das componentes crescem a ritmo superior a 1,5%, como é o caso da segurança social. Pelo que não se sabe, a partir da proposta de OE, qual vai ser a revisão salarial. Uma coisa é certa, porém. Os trabalhadores perderam poder de compra nos dois últimos anos (2,4% em 2003 e mais de 1% este ano) pelo que o Governo deve assegurar que o mesmo não acontecerá no próximo ano e haja recuperação de perdas verificadas;
  • O Governo limitou-se a divulgar os limites de variação das pensões mínimas (entre 2,5% e 9%) mas a proposta de orçamento nada revela sobre os aumentos concretos.


É imperativo obter uma maior justiça fiscal


O Orçamento de Estado deve ser avaliado na perspectiva de saber se contribui para uma maior justiça fiscal, atendendo às injustiças e desigualdades existentes. Nesta perspectiva, é essencial saber se a proposta alarga a base de imposto e se há um efectivo combate à fraude e à evasão fiscal. D análise efectuada, salientamos:

  • A CGTP-IN reclamou uma baixa do IRS numa perspectiva de obter um maior equilíbrio na repartição do esforço social. A proposta do OE só muito parcialmente responde a esta reivindicação, ao baixar as taxas nos escalões mais baixos. Porém, ao baixar o 5º escalão tanto ou mesmo mais que os outros (-1,5%) o Governo vai beneficiar rendimentos médios altos face aos outros contribuintes, introduzindo mais regressividade;
  • A CGTP-IN não se limitou a apresentar propostas de algumas reduções nos impostos. Pronunciou-se no sentido da obtenção de maiores receitas fiscais porque entende que são precisos mais recursos dadas as necessidades por satisfazer. Estas necessidades vão agravar-se no futuro, em consequência designadamente do envelhecimento da população. Mas não há qualquer resposta a estas propostas. O que prevalece é uma visão de curto prazo, de raiz eleitoralista;
  • Há um maior desequilíbrio entre os impostos pagos pelos trabalhadores e os que são pagos pelas empresas, devido à baixa do IRC. O país deixa de receber este ano mais de 500 milhões de euros devido à passagem da taxa de imposto de 30% para 25%. Esta perda é superior ao que se recebe do Fundo de Coesão, quando todos reconhecem que a perda deste fundo seria catastrófico para o país. Se olharmos para as despesas sociais vemos que esta perda representa mais do dobro do que se gasta com o rendimento social de inserção e mais de 80% da despesa com o abono de família. Esta redução nem sequer é justificável em termos económicos. Primeiro, porque não é o factor mais importante em termos de captação de investimento directo estrangeiro - a qualidade da mão-de-obra e a eficiência da Administração Pública são seguramente mais importantes. Depois, porque existem compensações a este investimento que são negociadas caso a caso. Terceiro, porque Portugal não tem uma posição mais desfavorável que os países comunitários, apresentando uma taxa efectiva de IRC pouco superior a 10%;
  • A proposta contém medidas que vão no sentido de posições e de propostas apresentadas pela CGTP-IN, como o aumento da taxa efectiva de IRC, particularmente na banca, e o combate à fraude e à evasão fiscal (sigilo bancário, ónus da prova, cruzamento de dados). A CGTP-IN considera imperativo que sejam aplicadas e não constituam simples retórica, até porque algumas estão já em vigor (ex. cruzamento de dados). Para isso é preciso: que sejam claramente definidas e exequíveis, levantando-se diversas dúvidas nalgumas delas; que haja uma intervenção eficiente da Administração fiscal; que haja uma informação permanente sobre a eficácia de cada uma delas, o que até agora não tem acontecido.


O Governo pretende uma redução das despesas sociais do Estado

A proposta de OE reduz as despesas com as funções sociais do Estado em três pontos percentuais (de 58,3% das despesas totais em 2004 para 55,3% em 2005). Salienta-se em especial:

  • Há uma redução sensível na despesa com a educação. O argumento do envelhecimento da população (menos crianças e jovens devido à baixa da natalidade) não é convincente. Primeiro, porque a situação de 2005 não é diferente da verificada em 2004. Depois, porque o país precisa de investir nesta área que é crucial para o desenvolvimento do país. É certo que se precisa de utilizar bem os recursos existentes. Mas isso não é incompatível com uma maior dotação de meios financeiros;
  • Verifica-se o subfinanciamento da saúde e da segurança social (ver pontos seguintes);
  • Não é avaliado o impacto em termos orçamentais da revisão da lei do arrendamento urbano.


Subfinanciamento do orçamento da Saúde

A proposta de Orçamento de Estado para 2005 traduz-se num subfinanciamento da saúde e na continuação da política de empresarialização dos hospitais e de parceria público privadas.

O Governo prevê uma reduzida transferência para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), de apenas 2,9%. Recorde-se que a transferência foi de 4% este ano o que levou à apresentação de um orçamento rectificativo juntamente com a proposta de OE 05. Por outro lado, verifica-se uma redução dos investimentos públicos (PIDDAC) de 5% em termos nominais. Haverá assim uma política de subfinanciamento.

O segundo aspecto essencial é o da manutenção de uma política de empresarialização dos hospitais (transformação de hospitais públicos em sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos) e de parcerias público privadas, as quais permitem a entrega da construção e exploração dos novos hospitais aos grandes grupos privados. Inserem-se aqui a construção de 10 novos hospitais, o primeiro dos quais em Loures.

A CGTP-IN considera que a presente proposta de orçamento se insere numa política de subversão do princípio constitucional do direito à saúde, de destruição do SNS e da sua transformação num negócio para os grupos económicos e do embaratecimento dos custos com o trabalho (veja-se o conteúdo da proposta de ACT para os Hospitais SA). Estes exigem já a privatização dos hospitais (vejam-se afirmações do grupo Mello). Veja-se também a possibilidade de entrega dos centros de saúde ou de partes deles, as mais rentáveis, a entidades privadas com fins lucrativos.

Em relação à empresarialização, a CGTP-IN defende que deve uma avaliação dos meios utilizados e dos resultados, nomeadamente quanto à equidade no acesso aos serviços e à qualidade dos serviços prestados. Quanto à política do medicamento, opõe-se a medidas que aumentam a transferência de parte dos custos para os utentes e considera que devem ser tomadas medidas para uma maior difusão dos genéricos. Neste sentido, defende que o doente deve ter a opção na escolha do medicamento, podendo optar por um genérico.


Uma situação preocupante na Segurança social

A proposta de Orçamento da Segurança Social contém aspectos preocupantes: o incumprimento face ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social; o não cumprimento da lei de financiamento; o subfinanciamento da despesa; a intenção de limitar as contribuições para favorecer os esquemas privados de pensões.

Primeiro, o Governo não está a dotar o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social com as verbas que legalmente lhe devem ser atribuídas, pondo deste modo em causa a sustentabilidade da segurança social. Este ano, o Governo devia ter transferido 120 milhões de euros. Porém, até finais de Setembro a transferência tinha sido de apenas 10 milhões (8%). Para o próximo ano, o Governo diz que "por razões de conjuntura económica, não se perspectiva virem a ser transferidos para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social". O que é inconsistente com a previsão de um crescimento económico de 2,4% no próximo ano.

Segundo, os dados conhecidos apontam para o não cumprimento da lei do financiamento (DL 331/01 de 20.12). Este diploma estabelece como são financiados os diferentes subsistemas (solidariedade, protecção à família e políticas activas de emprego e formação profissional, previdencial-repartição, acção social, previdencial-capitalização). O Governo não fornece os orçamentos de cada uma dos subsistemas, com a discriminação das receitas e despesas respectivas. Porém contas feitas levam a concluir pela insuficiência das verbas transferidas do Orçamento de Estado (ver anexo 1).

Terceiro, as verbas inscritas na despesa levam a admitir que haverá subfinanciamento (anexo 2). Por exemplo: a despesa com o desemprego sobe 4%, quando nos últimos 4 anos cresceu sempre acima de 4%; admite-se uma baixa de 5% com o subsídios de doença, com o Governo a justificar esta evolução com o novo regime menos favorável (antes jurava que não era assim); o abono de família cresce apenas 2% face a cerca de 5% este ano; a acção social sobe perto de 5%, o que é menos de metade da despesa deste ano, quando se verificam défices dramáticos no país, sobretudo em relação à população idosa.

Quarto, a intenção de concretizar um tecto contributivo é particularmente grave: limita a solidariedade e reduz as contribuições da segurança social. O que pode ser reforçado se a previsão de receitas de contribuições (5%) for, como parece, demasiado optimista. A conjugação de receitas de contribuições dificilmente alcançáveis com despesas subavaliadas e com perda de receitas devido a uma eventual introdução de um tecto contributivo irá agravar a situação financeira do sistema.

Lisboa, 25 de Outubro de 2004

A Comissão Executiva do Conselho Nacional

(Documento apresentado em conferência de imprensa por Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP-IN)

 


Anexo 1
FINANCIAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL

O financiamento da segurança social varia segundo os diversos subsistemas. Basicamente é financiado por contribuições e por impostos (transferências do Estado), de acordo com as regras estabelecidas no DL 331/01 de 20.12. Os elementos fornecidos não permitem ter uma visão completa da situação financeira de cada um dos subsistemas, porque as receitas e as despesas não são discriminadas. No ano passado, o Governo forneceu mapas discriminados. Com base nessa informação vai procurar obter-se um valor, mesmo que aproximado, para o total da transferência pelo OE. O quadro construído, parte dos seguintes pressupostos:

  • O subsistema de solidariedade é coberto quase integralmente por verbas do OE (93%). Calcula-se serem necessários 2 761 milhões de euros;
  • O subsistema de protecção à família e emprego, sem as transferências do Fundo Social Europeu, é financiado metade por contribuições e metade por verbas do OE, a partir de 2005. A verba necessária do OE é avaliada em 1087 milhões de euros;
  • O subsistema previdencial é financiado por contribuições, mas a despesa com a convergência de pensões é financiada pelo OE. Essa despesa foi de 17 milhões de euros este ano. No próximo ano, o Governo prevê apenas de 13,5 milhões de euros como transferências da Administração Central;
  • A acção social é financiada em 93% pelo OE (a parte restante é coberta principalmente por receitas provenientes da SCML). A necessidade de financiamento pelo OE é estimada em 1327 milhões de euros.

No total, o OE deverá financiar 5175 milhões de euros. Se confrontarmos este valor com o valor inscrito para as transferências correntes (4640 m.e.) vemos que existe subfinanciamento.

Despesas correntes por subsistemas e financiamento pelo OE

Milhões de euros

Subsistemas

2005

2004

Solidariedade

2783,3

2565

Financiamento OE (%)

99%

99%

Financiamento OE (valor)

2761

2544

Protecção à família e emprego*

2173,5

2351,4

Financiamento OE (%)

50%

40%

Financiamento OE (valor)

1086,8

940,6

Previdencial

10303,2

9475,1

Financ.OE - convergência de pensões

16,9

Acção social

1427,3

1343,6

Financiamento pelo OE (93%)

1327,4

1249,0

Total Financiamento corrente OE

5175,2

4750,9

Transfs correntes

4640,2

4457,2

* Despesas correntes sem transferências do FSE

 

Anexo 2

ORÇAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL

Principais receitas e despesas

milhões de euros

2005

2004

2003

05/04

04/03

RECEITAS CORRENTES

16839,2

16120,1

15169,8

4,5

6,3

Contribuições

11172,6

10640,2

10447,6

5,0

1,8

Adicional ao IVA

592,1

550,8

530,4

7,5

3,8

Transferências do OE

4640,2

4457,2

3703,5

4,1

20,4

Outras receitas

434,3

471,9

488,3

-8,0

-3,4

RECEITAS DE CAPITAL

872,9

1009,4

753,8

-13,5

33,9

Transferências do OE

20,6

16,6

21,7

24,1

-23,5

Transferências do FSE

720

974,9

717,3

-26,1

35,9

Outras

132,3

17,9

14,8

639,1

20,9

TOTAL DA RECEITA

17712,1

17129,5

15923,7

3,4

7,6

DESPESAS CORRENTES

16605,6

15592,5

14409,5

6,5

8,2

Pensões

10660,8

9863,6

9043,1

8,1

9,1

Subs. desemprego e apoios emprego

1731,8

1665,3

1489,9

4,0

11,8

Subsidio de doença

476

501,1

482,0

-5,0

4,0

Subsidio familiar a crianças e jovens

603,3

591,5

564,5

2,0

4,8

Rendimento Social de Inserção

252,5

244

243,7

3,5

0,1

Outras prestações

521,6

477,3

481,6

9,3

-0,9

Acção social

1350,5

1287,5

1152,8

4,9

11,7

Administração

402,5

402,5

414,1

0,0

-2,8

Outras

606,6

559,7

537,8

8,4

4,1

- Transferências correntes

597,8

552,1

534,7

8,3

3,3

DESPESAS CAPITAL

901,7

1165,6

1182,7

-22,6

-1,4

PIDDAC

57,4

57,4

56,4

0,0

1,8

Acções de formação profissional

814,6

1081

808,0

-24,6

33,8

- com suporte no FSE

614,6

851,8

638,0

-27,8

33,5

Outras

29,7

27,2

19,3

9,2

40,9

TOTAL DA DESPESA

17507,3

16758,1

15293,3

4,5

9,6

Saldo Global

186,9

371,4

630,4

-49,7

-41,1

Fonte: Propostas de Orçamentos de Estado