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integração e progresso escolar e social dos alunos de familias estrangeiras

Reflexão SEW/SPE

25 de setembro, 2010

A Assembleia Geral do SPE foi antecedida de uma "jornada de reflexão"dinamizada pelo Sindicato dos Professores do Luxemburgo (SEW) e pelo Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE/FENPROF).

Promovido no âmbito das relações de solidariedade e colaboração entre as duas organizações sindicais, o debate permitiu uma interessante reflexão sobre os desafios que se colocam à integração e ao sucesso escolar dos alunos das famílias de origem estrangeira que vivem e trabalham no Luxemburgo (cerca de 17 por cento dos habitantes do Grão Ducado são portugueses).

No debate, que teve a participação de Monique Adam, presidente do SEW e de Patrick Arendt, da direcção do sindicato, destacou-se uma sentida preocupação com o "êxito escolar e social" das crianças e jovens de famílias estrangeiras.

Relação escola-família

Foram abordadas questões como a nova lei  sobre a "escola fundamental", a manutenção  da língua e da cultura de origem, as turmas de acolhimento e a sua organização, o funcionamento dos cursos integrados/paralelos, a integração dos professores portugueses na escola luxemburguesa, a relação escola-família e a necessidade de mobilização e esclarecimento dos encarregados de educação.

Diferentes experiências vividas em escolas e comunidades locais, as opções metodológicas e a pouca autonomia dos estabelecimentos de ensino estiveram também presentes neste encontro de trabalho, realizado numa das salas do confortável Centro de Formação de Remich.

A dinâmica do debate acabou por "tocar" a realidade da situação do ensino português noutros países europeus, nomeadamente em França, onde a promoção e divulgação da Língua e da Cultura portuguesas estão muito aquém da expressiva presença lusa nesse país.

Mário Nogueira fechou esta sessão com um breve apontamento sobre a acção da FENPROF, incluíndo o seu envolvimento no plano internacional; a realidade sindical docente e a situação do ensino e dos seus profissionais em Portugal.
Alertou ainda para os efeitos da precariedade, da municipalização e da privatização e também para os números do abandono e do insucesso escolares, sublinhando a necessidade de se alterar esta situação. | JPO