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Greve Geral volta a inviabilizar avaliações em todo o país e, no Ensino Superior, está a levar ao adiamento de exames

27 de junho, 2013

Apesar de as aulas já terem terminado, a Greve Geral tem um forte impacto nas escolas com o adiamento de milhares de reuniões previstas e até mesmo, no Ensino Superior, o adiamento de exames. Na Educação Pré-Escolar, setor que, por imposição ministerial, ainda mantém atividade letiva, são inúmeros os jardins de infância que encerraram. Em suma, para quem pensava que 19 dias de intensa luta levariam os professores a não participar neste momento importantíssimo da luta de todos trabalhadores, enganou-se. Eles aí estão conscientes de que a origem dos problemas que afetam o país e os portugueses são as políticas do atual governo. Demiti-lo e conseguir uma profunda alteração de políticas são obrigações que se impõem a todos os portugueses.

É verdade que à porta das escolas, como acontece habitualmente em dia de greve, não há grupos de alunos porque as aulas já acabaram. Também é verdade que não ficaram milhares de alunos sem fazer exame porque, desta vez, o MEC não quis passar pela vergonha que passou em 17 de junho. Mas, como antes se afirmou, em Universidades como Coimbra e Évora ou no Politécnico de Leiria houve exames que não se realizaram e, nas escolas básicas e secundárias em que havia reuniões de avaliação convocadas, estas foram, de uma forma geral, adiadas devido à adesão dos professores à Greve Geral.

Só sendo possível de realizar um levantamento no final do dia, dado que as reuniões estão convocadas até à noite (sendo os dados obtidos e divulgados, pela FENPROF, ao longo do dia – consultar em www.fenprof.pt, com link que direciona para as páginas web de cada Sindicato de Professores), há já alguns exemplos que ilustram bem a situação:

Exemplos de escolas que, tendo reuniões de avaliação convocadas, estas não se realizaram: Eb2.3 Alice Gouveia (Coimbra), EB 2.3 do Caramulo, EB2.3 de Moimenta da Beira, EB2.3 de Penacova, EB2.3 Marquesa de Alorna (Lisboa), Escola Secundária João de Deus (Faro), EB2.3 Santo António (Faro), EB2.3 de Sernancelhe, EB2.3 de Cinfães, Escola Secundária de Moura, Escola Secundária Severim de Faria (Évora), EBI Cidade de Castelo Branco, Agrupamento de Escolas do Paul (Covilhã), [como se referiu antes, os dados estarão em atualização permanente ao longo do dia].

Na Educação Pré-Escolar, são inúmeros os jardins de infância que se encontram encerrados com os educadores em greve total. Os exemplos chegam de todo o país, como são os casos de Malagueira, Vendinha, Escoural, Montemor o Novo, Redondo ou Cruz Picada, todos em Évora; Trouxemil e Santa Apolónia em Coimbra; Valparra em Albufeira, os Infantários da Segurança Social na Covilhã e no Teixoso; os JI de Ladoeiro, São Miguel de Acha ou Idanha a Nova, todos neste concelho; os jardins de infância de Castro Daire ou a maior parte do de Viseu, para além de milhares de professores do 1.º ciclo em greve, como são exemplo os do concelho de Cinfães com um nível de adesão de 80%, no conjunto dos 50 com serviço distribuído.

Dado período do ano em que a Greve Geral se realiza e a dificuldade de recolha de dados (havendo muitas escolas sem qualquer atividade, visto que, devido ao exame que deveria realizar-se hoje, não tinham reuniões convocadas) os Sindicatos da FENPROF irão divulgando os dados obtidos, ao longo do dia, através dos seus sites.

A FENPROF aproveita para saudar todos os trabalhadores em greve neste dia, com a certeza de que, com a sua participação neste enorme protesto, estão a contribuir para a demissão do atual governo, condição necessária para uma profunda mudança de políticas.

O Secretariado Nacional