Albino Almeida, presidente da CONFAP, disse que o facto de a medida ser apenas aplicada a duas mil escolas é um constrangimento por colocar alunos em desigualdade de circunstâncias.
O ensino do inglês é uma ferramenta essencial para os dias de hoje e por isso a sua introdução ao nível do 1º ciclo deverá ser generalizada o mais rápido possível, antes do final da legislatura, acrescentou.
O responsável defende que o ministério deve ter em atenção o caso da escola com desdobramentos de horário, uma vez que esta situação poderá dificultar a concretização da medida. "Há escolas que têm turmas do 1º ciclo a funcionar no horário da manhã e outras no horário da tarde, o que quer dizer que poderão não ter espaço físico para aulas de inglês".
Sindicatos defendem que medida deve ser generalizada
o mais rápido possível
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defendem que a medida deve ser generalizada o mais rápido possível, sob pena de se tornar discriminatória.
Paulo Sucena, secretário-geral da Fenprof, disse ainda que, embora concorde com a decisão, introduzir o inglês nas escolas do 1º ciclo não é a grande prioridade deste nível de ensino. A estrutura sindical lembra a necessidade de um apetrechamento pedagógico e didáctico dos estabelecimentos de ensino e um financiamento que permitisse realizar os projectos educativos.
O responsável defende a necessidade de a iniciação ao inglês ser feita com a máxima qualidade, sem entrar em choque com outras aprendizagens fundamentais. Numa perspectiva sindical, a decisão do governo é vista com agrado. "Esta medida vai aumentar o número de postos de trabalho numa profissão flagelada pelo desemprego".