Nacional
13 de novembro

Um momento alto da luta contra a exploração e o empobrecimento

14 de novembro, 2014

A CGTP-IN saúda o movimento sindical e, por seu intermédio, todos os trabalhadores e trabalhadoras que participaram no Dia Nacional de Indignação, Ação e Luta, e que fizeram deste dia "um momento alto da contestação e rejeição da política de exploração e empobrecimento".

A intervenção dos trabalhadores na discussão e definição das reivindicações e decisões quanto às ações a desenvolver, foi determinante para o impacto que este dia teve na generalidade das empresas envolvidas, destaca a Central unitária.

"Neste quadro", acrescenta a Inter, "para além das adesões significativas verificadas na esmagadora maioria dos locais de trabalho, é de realçar os resultados entretanto obtidos, como o aumento dos salários e a marcação de reuniões, nos próximos dias, com administrações de várias empresas."

Mas se o resultado é globalmente positivo, a manutenção dos problemas em várias empresas e a necessidade de resposta às reivindicações apresentadas, exigem a continuação de uma forte intervenção sindical nos locais de trabalho, observa ainda a nota divulgada pela Intersindical Nacional.

Marcha Nacional entre
21 e 25 de novembro

Como realça a CGTP-IN, importa dar sequência à articulação das reivindicações concretas definidas nas empresas e serviços públicos com a luta mais geral, assumindo desde já como prioritária a mobilização dos trabalhadores e da população para a Marcha Nacional que vai ter lugar de 21 a 25 de novembro, em todo o país.

Os trabalhadores da administração pública, incluindo os docentes e investigadores, estão entre os que têm sofrido enormes impactos de tais políticas, condição que continuará a agravar-se com o Orçamento de Estado apresentado pelo Governo e aprovado por PSD e CDS, orgulhosamente sós, na Assembleia da República.

Perante tal Orçamento de Estado para o próximo ano que, entre muitos aspetos gravíssimos, anuncia novos cortes nas áreas da educação e do ensino – mais de 700 milhões de euros, em cima dos 1.500 milhões cortados nos últimos anos! – os docentes e investigadores não podem deixar de intervir na luta e de expressar a sua justificada indignação para exigir políticas diferentes, como destacaram os plenários de professores realizados em todo o país.

É sobre os docentes e investigadores que recairão, com renovada brutalidade, muitos dos efeitos da insistência nos cortes e nos roubos, estando em causa, para além da estagnação das carreiras e os cortes efectuados, à raiz, sobre os salários:

• o aumento do desemprego, da precariedade e da instabilidade profissional,

• o progressivo decréscimo do financiamento em todo o sistema de educação e de ensino,

• a desvalorização do papel da educação e do conhecimento no desenvolvimento do país,

• a descaracterização do sistema público de ensino, tal como a Constituição da República e a Lei de Bases do Sistema Educativo o caracterizam e definem.

Prosseguir e intensificar a luta contra a política de direita, pela demissão do Governo PSD-CDS e a marcação de eleições antecipadas, constitui não só um direito como um dever de todos quantos lutam pela afirmação dos valores e direitos de Abril e por uma política de esquerda e soberana, conclui a CGTP.

Nota do Secretariado Nacional da FENPROF de 12/11/2014