Nacional
Sessão do Dia Mundial do Professor, em Lisboa

O País e o Mundo precisam dos Professores!

30 de setembro, 2013

Pequeno vídeo de apresentação da iniciativa realizada durante os meses de maio e junho de 2013, em todo o país, no âmbito da Campanha em Defesa da Escola Pública

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Em breve será disponibilizado outro filme mais longo e completo


Imagens da iniciativa

Intervenção de Michelle Domingos

Ana Bettencourt: "Este é um país de grandes desigualdades..."

Intervenção de Mário Nogueira (vídeo - 1ª parte)

Intervenção de Mário Nogueira (vídeo - 2ª parte)

Intervenção de Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF (texto)

Intervenção de Luis Lobo, membro do Secretariado Nacional

Ana Cristina Silva vence Prémio Literário de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues

Apoie os docentes e os sindicatos da Educação (página web da IE)

World Education Blog

Mensagem conjunta: UNESCO, UNICEF, IE, PNUD e OIT

"103 anos depois da implantação da República, temos razões acrescidas para lutarmos por uma escola que ajude a transformar, rompendo com a que se organiza, apenas, para reproduzir. O tempo continua a ser o de lutar pela Escola de Abril", sublinhou neste 5 de outubro Mário Nogueira. O Secretário Geral da FENPROF falava no auditório da Escola Secundária D. Pedro V,  a Sete Rios, em Lisboa, no encerramento da sessão pública comemorativa do Dia Mundial do Professor, subordinada ao tema "Os Professores são indispensáveis".

A iniciativa da FENPROF, acompanhada por vários convidados, entre os quais a CGTP-IN e a Federação dos Sindicatos da Função Pública, teve um momento inicial com a intervenção de Luis Lobo, do Secretariado Nacional da Federação, e a passagem de um vídeo sobre a recente campanha em defesa da escola pública, que a FENPROF levou a todo o país (14 de maio a 6 de junho), com uma caravana dinamizadora de múltiplas ações de rua, que mostraram o que de melhor se faz na escola pública portuguesa, iniciativa cuja construção teve uma enorme importância para a consciencialização das populações e até de muitos professores, para a importância da defesa de uma Escola Pública universal, gratuita, democrática e inclusiva. 

Num segundo momento, em sessão dirigida por João Cunha Serra, Presidente do Conselho Nacional da FENPROF, registaram-se as intervenções de Michelle Domingos, professora de Artes, no desemprego; Ana Maria Bettencourt, docente e investigadora, que até há poucos dias era a Presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE); e, a fechar, Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF,

Foi ainda divulgado o vencedor do Prémio Literário de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues, iniciativa conjunta da FENPROF e SECRE, e que se refere a obras publicadas por docentes em 2012. Trata-se, como destacava a Ata lida por João Cunha Serra, da escritora e professora Ana Cristina Silva, investigadora e docente do ISPA, pelo livro "O Rei do Monte Brasil", decisão unânime do júri. O prémio será entregue no próximo dia 12, às 18h00, na sede da FENPROF, em Lisboa.

"Educação mais pobre
sem estes professores..."


Michelle Domingos, do SPN,  sintetizou na sua intervenção três expressivos depoimentos - o da própria e os de outros dois colegas - que relatam a angústia e a tristeza vividas hoje por quem escolheu ser profesor "por amor a esta profissão" e que agora as políticas do MEC e do Governo atiram para o desemprego, a precariedade e a instabilidade.

"A Educação fica mais pobre sem estes professores", comentaria Ana Maria Bettencourt., logo no início da sua comunicação, em que destacou o significado da celebração desta data. "Os professores são pilares da nossa sociedade", referiu. "Muito mal vai uma sociedade que não valorize e reconheça os seus professores", acrescentou.

Ana Bettencourt lembrou algumas das linhas centrais da Agenda para o Desenvolvimento pós-2015 da UNESCO e das preocupações ali contempladas em matéria de qualidade da Educação e do papel dos professores. Tendo sempre presente a importância da Escola Pública e a necessidade da sua valorização, a prestigiada investigadora comentou alguns dos aspetos do percurso da Educação em Portugal (políticas, desafios, dinâmicas) desde os anos 70, sublinhando, a dado passo, "o progresso notável das habilitações dos docentes".

Mário Nogueira fechou esta painel de intervenções, destacando já na ponta final: "Os tempos não estão fáceis, daí que exijam uma intervenção ainda mais forte e dinâmica da nossa parte. Não desistir e resistir é, desde logo, fazer caminho, mas não nos podemos limitar a cavar trincheiras e nelas permanecer. É necessário que continuemos a pugnar e a lutar por um processo de transformação social através da educação, com a certeza de que a escola não muda a sociedade, mas a sociedade não muda sem a escola." / JPO