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PALESTINA

Portugal não pode ser cúmplice do ataque à vida do povo palestiniano

29 de março, 2021

A FENPROF saúda calorosa e fraternalmente, no Dia da Terra, os trabalhadores e Povo da Palestina

 

A 30 de março de 1976, no Norte de Israel, foram assassinados seis palestinianos que protestavam contra a expropriação de terras para dar lugar a aldeamentos judaicos. Foram dezenas os palestinianos que ficaram feridos e centenas os que foram presos, durante a greve geral e as grandes manifestações de protesto que, no mesmo dia, ocorreram no território do Estado de Israel. A partir de então, os palestinianos e todos os que com eles são solidários, passaram a comemorar o Dia da Terra a cada 30 de março.

Volvidos todos estes anos, o povo da Palestina continua a ter os seus territórios ocupados, assim como continua o ataque às suas vidas pelas forças sionistas de Israel, situação agravada pelo anunciado “acordo do século” promovido pela administração norte-americana, visando a anexação da totalidade dos territórios palestinianos. A pandemia de COVID-19 veio agravar os problemas, pois tem servido de justificação para encerrar vários setores da sua atividade, deixando bem patente o caráter terrorista e genocida da ocupação, pois aos/às que ficaram sem trabalho não foram reconhecidos quaisquer direitos laborais, nem garantida qualquer medida de proteção social, problema que atinge milhares de trabalhadores palestinianos, numa clara violação dos direitos laborais e dos mais elementares direitos humanos.

Se é certo que cabe ao povo palestiniano o papel fundamental na luta pelos seus direitos, também é verdade que não devemos deixar de manifestar a nossa solidariedade e o contributo da cooperação internacional. Como escreveu António Borges Coelho, “a memória sustenta os nossos gestos, alimenta o sentir, o entender e o agir dos indivíduos e dos povos. Na resposta necessária aos estímulos do dia, a memória continuamente se renova e organiza. Alguns acontecimentos perdem-se na penumbra, outros ganham novo relevo”. Deixar de assinalar estes acontecimentos é contribuir para apagar a memória e conduzir ao esquecimento a luta de um Povo pelo direito a ter a sua Pátria.

É com este sentido que a FENPROF saúda calorosa e fraternalmente, no Dia da Terra, os trabalhadores e o Povo da Palestina, assim como as suas organizações representativas, que continuam a resistir heroicamente à ocupação, à violência e ao racismo do regime sionista.

A FENPROF reafirma ainda a sua profunda solidariedade com a luta do povo palestiniano pelo direito à paz e à sua soberania enquanto nação, bem como pelo seu inalienável direito à constituição de um Estado independente e soberano, internacionalmente reconhecido, com as fronteiras estabelecidas em 1967 e com capital em Jerusalém Oriental.

 

O Secretariado Nacional