Nacional

"Comícios da Indignação" começaram no Porto

20 de maio, 2019

No dia em que foi publicada a segunda modalidade de roubo aos professores e em que foi notícia mais uma ingerência do FMI em relação às carreiras profissionais, tiveram início, no Porto, os "Comícios da Indignação". Na Praça D. João I, centenas de professores reuniram-se para reafirmar que não desistirão de lutar pela devolução do que é seu – o tempo de trabalho –, que se oporão determinadamente a qualquer tentativa de revisão da carreira docente e, em defesa da sua dignidade profissional, denunciar o clima criado por quem, irresponsavelmente, tem lançado sucessivos ataques sobre um grupo profissional que merece e deve ser respeitado.

Este primeiro dia dos Comícios da Indignação coincidiu com a publicação em Diário da República da segunda modalidade de roubo de tempo de serviço aos professores, que consta do Decreto-Lei n.º 65/2019, de 20 de maio, estabelecendo o seu artigo 5.º que os docentes poderão optar, até 30 de junho, entre esta modalidade de roubo e a prevista no Decreto-Lei n.º 36/2019. A opção será manifestada através de requerimento que, no entanto, os professores deverão acompanhar de reclamação para não legitimarem, por aceitação tácita, a perda de mais de 6,5 anos de serviço. 

Foi, ainda, oportunidade para reagir a mais uma tentativa de ingerência do FMI que pretende a revisão das carreiras dos trabalhadores da Função Pública, desde logo as dos professores. Entende esta organização de agiotagem internacional que roubar mais de 6,5 anos de serviço aos professores é pouco e que, depois de ter provocado um choque de empobrecimento de todos os portugueses, este deverá ser ainda mais profundo em relação aos professores e, de uma forma geral, a todos os que trabalham na Administração Pública. 

Comício da Indignação - Porto - 20.05.2019 (Reportagem RTP)

[Notícia em atualização]