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Ministério das Finanças e FMI confirmam a justeza da luta dos professores

07 de agosto, 2018

Os dados da execução orçamental relativa ao 1.º semestre de 2018, divulgados pelo Ministério das Finanças, revelam que, apesar do descongelamento das carreiras, as despesas com pessoal das Administrações Públicas (central, local e regional) diminuíram quase 2%. Isto acontece por redução do número de trabalhadores (com consequências negativas nos mais diversos serviços), por transferência da fonte de financiamento, mas, também, por serem baixos os salários praticados e continuarem por recompor diversas carreiras profissionais, como a dos docentes.

Relativamente aos salários, o próprio FMI reconheceu, a propósito de um estudo sobre a Grécia, que a economia portuguesa é a que tem os custos laborais mais baixos, de entre os países que foram intervencionados pela troika, sendo aquele em que se reduziu de forma mais pronunciada o custo unitário do trabalho, leia-se, o salário de cada trabalhador.

É neste contexto que se desenvolve a luta dos professores e educadores portugueses pela atualização do seu salário e pela recomposição da sua carreira. Relativamente ao primeiro aspeto, os professores juntarão a sua força à dos demais trabalhadores da Administração Pública que, nos últimos 9 anos, não tiveram qualquer atualização salarial; já no que respeita à carreira, os professores não abrirão mão de exigir o que é justo, ou seja a sua recomposição. Esta só ficará devidamente recomposta quando tiverem sido contabilizados os 9 anos, 4 meses e 2 dias que cumpriram durante o período do congelamento. Será esta a posição que, precisamente, dentro de um mês (em 7 de setembro) a FENPROF manterá na reunião negocial para que foi convocada. Os dados agora divulgados pelo governo, bem como pelo FMI, confirmam a justeza desta posição que os professores, com a sua luta, farão vingar.

O Secretariado Nacional