Nacional
PROGRESSÃO

Confirmado: dados divulgados pelo ME alteram a realidade

21 de dezembro, 2017

Ministério da Educação confirma, como afirmou a FENPROF, que o número de professores em condições de progredir não chega aos anunciados mais de 50.000. Em limite, serão abaixo de 38.500!

O número de professores que o governo calcula estarem em condições de progredir em 2018 é, afinal, 38.449 e não os 50.151 que constam no documento enviado pelo governo à comunicação social.

Em mensagem de correio electrónico recebida hoje, de resposta à questão suscitada pela FENPROF na reunião de ontem (20 de dezembro), o ME confirma que não são 6.562 e 7.337 os docentes em condições de progredir em 2018 aos 5.º e 7.º escalões, respetivamente, mas apenas 1.162 e 1.035.

Assim sendo, o número máximo de progressões do 4.º para o 5.º e do 6.º para o 7.º escalões da carreira docente, com impacto financeiro em 2018 será, em limite, 1.162 e 1.035 e não os 5.974 e 6.416 que constam do documento que o governo divulgou junto da comunicação social. Mas, a consumarem-se as intenções do governo, nem sequer serão atingidos as 1.162 e 1.035 progressões, pois o governo prepara-se para impor quotas que, até agora, recusa revelar.

Face a estes novos números para 2 escalões (o que levanta legítimas dúvidas sobre a validade dos números apresentados para os restantes sete), seria indispensável o governo refazer todos os cálculos que apresentou e que, afinal, são incorrectos. Sabe-se agora que, afinal, a percentagem de professores que progredirão em 2018 não será de 50,5%, estando em linha com os 50% da Administração Pública, que será de 50%, ficará bastante abaixo, não atingindo os 39%.

Perguntar-se-á a razão por que o Governo divulgou um documento tão pouco rigoroso. Não, não foi incompetência técnica, terá sido, mesmo, falta de seriedade política.

O Secretariado Nacional