Nacional Carreira Docente
Colocação de professores e educadores

Perante o silêncio do ME, FENPROF requer a intervenção do Primeiro-Ministro

04 de setembro, 2017

Na abertura de mais um ano letivo, a questão da colocação dos professores continua merecer grande preocupação. Em causa está a decisão administrativa e inesperada do ME de não considerar (apesar de não ser essa a prática de uma década) os milhares de horários ditos incompletos, pedidos pelas escolas, para a colocação dos professores dos quadros.

Em consequência da decisão de alteração de procedimentos, sem que os professores de tal tivessem prévio conhecimento, muitos são os que inesperadamente foram colocados em escolas muito distantes daquelas em que habitualmente lecionavam. Tudo isto com a agravante de serem inevitavelmente ultrapassados nas suas preferências por muitos dos que vierem a obter colocação em momento posterior.

A FENPROF em diversos momentos, desde 25 de agosto, data em que foram divulgadas as listas de colocação, vem insistindo na realização de uma reunião com os responsáveis do ME, inicialmente para evitar esta situação e, agora, para não só encontrar forma de a ultrapassar, mas também tratar outros aspetos que, entretanto, foram surgindo, igualmente em resultado do concurso de professores.

Perante a indisponibilidade da Secretária de Estado Adjunta e da Educação, que tutela esta área, o Secretariado Nacional da FENPROF decidiu dirigir-se ao Primeiro-Ministro para tentar desbloquear a falta de diálogo e de negociação com vista a encontrar as soluções necessárias.

Assim, a FENPROF fará chegar ainda hoje ao Gabinete do Primeiro-Ministro o conjunto de cartas enviado ao Ministério da Educação e espera que desta diligência resulte a realização da aguardada reunião ainda durante a manhã desta terça-feira.

Tendo em consideração que vários professores se têm dirigido aos Sindicatos da FENPROF para colocar os problemas referidos, também os gabinetes jurídicos estão a apoiar a contestação jurídica, admitindo-se mesmo a interposição de providências cautelares.

 

O Secretariado Nacional

 

Foto: Miguel A. Lopes/Lusa